Alberi Alves é o nome do homem assassinado numa clareira aberta na área verde na Avenida Onze, nas imediações da Fachasul – provavelmente às 1º horas deste domingo. Gauchinho, como era conhecido, é o morador de rua mais antigo de Chapadão do Sul. Por muitos anos se abrigou no prédio abandonado onde foi construída uma choperia. Tinha problemas com o alcoolismo e catava produtos recicláveis para comprar bebida. Sobreviveu a vários ataques nas ruas. Em setembro de 201º sofreu grave traumatismo craniano ao ser golpeado com uma barra de ferro.
A cena do crime é muito comovente porque os cachorros de Gauchinho estão todos tristes, deitados nas proximidades do corpo, como se fosse uma vigília de despedida. Ele está deitado (foto) com o rosto na terra com uma enxada suja de sangue ao lado da cabeça, provável arma do crime. O cabo está encostado num tronco de corticeira e marcado com o sangue das mães do homem que empunhava a ferramenta. A mão direita da vítima estava crispada em torno do cabo de uma faca pontiaguda com 1º centímetros de lâmina.
O homem suspeito de matar Gauchinho está internado em estado grave no Hospital Municipal de Chapadão do Sul. Depois da briga ele desceu pela Avenida Onze e pediu socorro no CTG (Centro de Tradições Gaúchas). O corpo de bombeiros foi acionado, prestou os primeiros socorros e entregou o homem no Pronto Socorro do Hospital Municipal.
A Polícia Militar isolou a área até a chegada dos peritos da Polícia Civil. O cenário do crime sugere uma luta brutal, de vida ou morte, como se fosse um duelo. A lâmina da faca estava suja de sangue, como se tivesse penetrado no oponente durante a luta. O golpe fatal – aparentemente arrancou a enxada do cabo.
