Peritos da Polícia Civil localizaram vestígios de sangue no local onde Elisiane Ferreira da Silva bebia com o companheiro, José Edilson Ramos da Silva (Bigode) e no carro do suspeito de ser o executor da mulher antes de enterrá-la numa vala rasa na zona rural de Chapadão do Sul. O trabalho policial começa a derrubar cientificamente os argumentos do homem que chegou a criar um personagem fictício que a teria atacado á pauladas numa via movimentada da cidade. Como já era esperado nesta rua não há nenhum rastro de sangue que pudesse sustentar este argumento.
Tanto o carro usado para transportar o corpo quanto o local do crime foram minunciosamente inspecionados pelos peritos. O próximo passo será a realização de exame de DNA com as provas localizadas. Já as causas da morte ainda não foram divulgadas pela Perícia Técnica da Polícia Civil. A prisão de Bigode e a localização do corpo deram todas as pistas necessárias para o começo da elucidação do crime de Feminicío. A elaboração de provas científicas, o laudo pericial e a reconstituição do crime fecharão este caso de fim trágico para mais uma mulher.
Após o encerramento do inquérito policial o caso passa a ser objeto de decisão do Poder judiciário em Chapadão do Sul através de júri popular e sentença. O homem deu várias versões controversas sobre o mesmo caso e chegou até inventar um personagem fictício (Baianinho) como aquele que teria matado a esposa à pauladas numa rua movimentada da cidade. Os experientes investigadores estranharam que companheiro sequer procurou a polícia para comunicar o desaparecimento. Foram amigas da vítima que registraram o Boletim de Ocorrência neste sentido.
Cabe um destaque ao Setor de Investigação da Polícia Civil que ficou dois dias em diligências e ouvindo o depoimento de José Edilson Ramos da Silva que negava o crime. Sabendo que testemunhas viram o casal bebendo na noite de domingo retrasado ele criou o personagem que teria matado a companheira á pauladas numa rua movimentada em Chapadão do Sul. Estranhamente ninguém viu. Sem um álibi consistente acabou revelando o local onde a mulher foi enterrada. Mesmo assim disse que foi “obrigado” pelo suposto autor (Baianinho) a descartar o corpo nos fundos da fazenda, numa área rural.
Quando o cerco policial se fechou e testemunhas de agressões anteriores o apontavam como suspeito começou a fugir. Um familiar também revelou que Bigode chegou em casa transtornado logo após o Feminicídio, mas disse que não se entregaria. Foi preso tentando se esconder dos agentes que estavam em diligências. O carro do homem que era limpo todos os dias foi visto completamente sujo de poeira no domingo de manhã, com o pneu dianteiro amassado e furado e o carter vazando indicando que trafegou numa vicinal para “descartar” o corpo.
