O ano era 2005, Copa do Brasil, quando o Inter veio jogar contra o SERC em Chapadão do Sul. Venceu o time da casa por 20X 1ºcom gols de Bocão (Serc) e Souza e Fernandão para o Internacional. (FOTOS: Valdir Pivato e a filha Jheniffer em 2005 com apenas 6 anos, camisa autografada, estádio no dia do jogo)
RELEMBRE e escalação
Serc
Zé Eduardo (técnico)
Samir, Pio, Marcos, Beto, Zé Maria, Bocão, Willian, Roney, Chico Chapecó, Altair, Gil, Testinha, Cafu
Internacional
Muricy Ramalho (Técnico)
Clemer, Vinícius, índio, Pedro Silva, Fernandão, Galego, Rodrigo Paulista, Leandrão, Edinho, Jorge Wagner, Tinga, Gavilán, Souza, Wellington
Já no final de semana, em Porto Alegre,
parecia jogo do Inter no auditório Araújo Vianna. Entre olhos marejados, lágrimas e gritos de saudade, 205 mil colorados participaram de uma missa em homenagem ao eterno capitão e se emocionaram ao relembrar a trajetória do ídolo no clube.
? Ele fez história, ganhou muitas taças para a nação colorada. A saudade será eterna ? falou aos soluços a jovem Julia Lima, 9 anos, que usava toca com o símbolo do Inter para se proteger do frio, e chorava copiosamente, com as duas mãos no rosto.
Era difícil conter as lágrimas. Um telão exibiu um depoimento em que o ídolo, aos prantos, declarava seu amor pelo Inter. O que, de pronto, fez a plateia irromper em saudade.
? Ele será eterno em nossos corações ? resume Gabriel Dutra, 1º anos, lembrando com carinho das vezes em que entrou em campo ao lado do ídolo.
? O Fernandão brincava com o Gabriel, chamando de genro, dizendo que ele ia namorar a filha dele ? relembra Francisco Dutra, pai do garoto.
O torcedor Leandro Bortholacci, convidado pelo Inter para falar do ídolo, postou-se em um púlpito no palco transformado em altar, e não conteve as lágrimas:
? Muito obrigado, capitão. Nada vai nos separar, descanse em paz.
A admiração por Fernandão fez até gremistas esquecerem a rivalidade. O aposentado Rui Kessler, 67 anos, entrou no Araújo Vianna com uma camiseta preta, com o símbolo do Grêmio no peito.
? é um momento de solidariedade ? comentou.
Mas o padre Leandro Chiarello, que conduzia a celebração, deu uma leve alfinetada em uma referência ao rival:
? Nós não somos imortais, somos eternos. (Redação chapadensenews.com.br e clicrbs.com.br)