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Vereadora desaparecida é presa por forjar próprio sequestro no Paraná

A vereadora Professora Ana Maria (PT), empossada na terça-feira na cidade de Ponta Grossa, no interior do Paraná, foi presa em flagrante pelo Grupo Tigre da Polícia Civil, especializado em sequestros. De acordo com o delegado Luiz Alberto Cartaxo, a vereadora articulou o próprio sequestro por razões políticas, relacionadas à votação da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ponta Grossa. Ela está internada em um hospital da cidade, mas já recebeu a voz de prisão na quarta-feira. “A vereadora foi autuada em flagrante e está presa sob guarda policial”, afirmou.

Outras três pessoas foram presas sob alegação de envolvimento no falso sequestro. Idalécio Valverde da Silva – motorista da vereadora -, Adauto Valverde da Silva – irmão do motorista – e Susicleia Rocha Valverde da Silva, mulher de Idalécio. Reginaldo da Silva, primo dos irmãos presos e que teria participação no falso sequestro, está foragido.

Tudo começou quando o filho da vereadora comunicou à polícia o sequestro da mãe ontem, no dia da posse dela. Uma ligação para a família foi feita a partir do celular de Adauto e a origem foi descoberta após rastreamento por parte da polícia. Os envolvidos ainda produziram provas para forjar a história, como pneus furados e problemas na injeção eletrônica do carro onde estava a vereadora no momento do suposto sequestro. Segundo o delegado, Reginaldo encostou outro veículo para o transporte da vereadora.

Ana Maria se apresentou voluntariamente em um hospital de Ponta Grossa nesta quarta-feira, acompanhada pelo filho, alegando transtornos emocionais e desidratação. Ela está sedada e deve ser levada para a delegacia assim que tiver condições. Os envolvidos estão detidos com mandados de prisão temporária. Não está descartada a possibilidade de solicitação de prisão preventiva. A única exceção seria Susicleia, que teria apenas conhecimento dos fatos e que não participou da armação, de acordo com Cartaxo. A prisão dela pode ser revista.

Os autuados vão responder por falsa comunicação de crime, fraude processual e formação de quadrilha. “O “auto sequestro” era uma possibilidade a ser verificada desde o início das investigações. Já havia esta desconfiança. Havia também comentários sobre um clima tenso para a votação na Câmara”, comentou Cartaxo. A sessão de votação foi adiada no legislativo municipal. Ainda não se sabe quais eram os interesses políticos para o processo de escolha. A investigação a partir de agora será conduzida pela delegacia de Ponta Grossa. (terra.com.br)

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