Chapadão do Sul/MS

Veja como detectar sintomas de abuso em seu filho. Chapadão do Sul intensifica combate à pedofilia

Chapadão do Sul começa a despertar para os perigos que suas crianças e adolescentes estão expostas nas mãos de pedófilos, psicopatas e outros pervertidos que as atacam disfarçados de pais, avôs, tios e amigos. SEGUE abaixo algumas dicas de sintomas que seus filhos podem apresentar após serem abusadas. Segundo dados da “Cartilha de Orientações para o Combate à Explroração Sexual de Crianças e Adolescentes – Aprendendo a Prevenir”, elaborada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e Juventude, elas podem ser afetados de diferentes formas e os sinais apresentados variam muito, desde a ausência de sintomas até a manifestação de sérios problemas físicos, emocionais e sociais.

Os resultados do abuso podem surgir a curto e a longo prazo, com formas diferenciadas de acordo com a idade da vítima. é importante o conhecimento das diferentes fases do desenvolvimento infantil a fim de distinguir um sinal de maus tratos de um comportamento que seria próprio da sexualidade infantil. Em geral, quando há a caracterização do abuso, uma série de consequências podem ser observadas, sendo elas físicas e psicológicas:

Conseqüências Físicas

* Lesões em geral, hematomas;

* Lesões genitais;

* Lesões anais;

* Gestação;

* Doenças sexualmente transmissíveis.

Conseqüências Psicológicas

* Agressividade;

* Condutas sexuais inadequadas para a idade (uma criança que tem muito conhecimento sobre sexo, por exemplo);

* Dificuldade nos relacionamentos interpessoais, de ligação afetiva (a criança deixa de confiar nos outros, retrai- se);

* Dificuldades escolares;

* Distúrbios alimentares (comer compulsivamente ou simplesmente parar de comer, na tentativa de “enfeiar- se”);

* Distúrbios afetivos (apatia, depressão, desinteresse pelas brincadeiras, crises de choro, sentimento de culpa, falta de auto estima, etc.);

* Dificuldades de adaptação;

* Dificuldades em relação ao sono (terror noturno – pesadelos, enurese noturna, etc.);

* Envolvimento em prostituição (trocar favores sexuais por dinheiro ou presentes, etc.);* Mudança de comportamento e de vocabulário brusca;

* Queixas de ordem psicossomática (a criança começa a “passar mal” quando tem que ficar sozinha ou ir à escola, por exemplo. Tem febres e dores constantes, tendo sido qualquer distúrbio físico descartado em diagnóstico feito por médico especializado, etc.);

* Uso de drogas.

é importante ressaltar que a observação constante daqueles que convivem com a criança, seja em casa, seja na escola é de suma importância para o relato dos casos de abuso e exploração sexual. No entanto, é preciso cuidado para não transformar qualquer pequeno sinal em alarmismo e, para isso, existem profissionais aptos à receber as denúncias e mais aptos ainda a detectar os sinais e é preciso, antes de mais nada, disseminar a informação a respeito do que caracteriza o abuso sexual e modificar o comportamento de toda a sociedade no que tange à aceitação desses comportamentos como “normais”.

é preciso, antes de mais nada, que a família se inteire e se aproxime mais de seus filhos para conhecer- lhes melhor, para criar um vínculo de confiança que lhes permita detectar os sinais de qualquer desajuste, pois, infelizmente, no discurso da maioria dos pais e mães figura justamente a incapacidade de caracterizar o que é “normal” ou “anormal” no que diz respeito ao comportamento de seus próprios filhos .

Essa proximidade também pode ser buscada pela escola, o segundo lugar onde a criança passa mais tempo em seus dia a dia. Educadores, em geral, deveriam receber uma atenção maior em relação à capacitação para detecção e orientação dessas crianças e adolescentes e nisso seria muito bem vinda, por exemplo, a aula de Orientação Sexual, um importante mecanismo para a prevenção de casos de abuso.

Verdade seja dita: temos ainda muito o que avançar enquanto sociedade organizada, pois temos nos omitido muito ainda no que tange à violência, um dos fenômenos mais assustadores dos últimos tempos e o de mais difícil resolução.

(Fonte psicóloga Katiusce Nogueira ? CRAS Parque União)

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