O final de semana prolongado revelou uma realidade amarga para os sul-chapadenses que tiveram a coragem de viajar em seus carros. Dificilmente alguém não se deparou com algum buraco escavado pelo descaso do atual governo do estado com os cidadãos que historicamente sempre votaram no grupo que comanda o Mato Grosso do Sul. Caminhonetas caríssimas perderam pneus, ponta de eixo e apresentaram problemas mecânicos pela falta de trafegabilidade das rodovias estaduais. Uma vergonha o tratamento que a população do Bolsão recebe dos mandatários do poder.
Não há dados precisos sobre o número de carros que ficam parados no acostamento com até dois pneus estourados. Basta uma viagem a Mineiros (GO), na Lage ou Bolicho Seco para que possamos sentir na pele o tratamento do governo estadual aos agricultores e pecuaristas que ao longo dos anos ajudaram a custear suas exitosas campanhas. A sensação de trafegar pela MS-306 em direção a Costa Rica e a Lage é de puro abandono, de orfandade mesmo.
Apesar do prefeito Luiz Felipe Magalhães não ter conseguido formar uma equipe eficiente de articuladores políticos até hoje ele está totalmente isento de responsabilidade sobre o estado de caos instaurado em Chapadão do Sul quando o assunto é o deslocamento rodoviário. Não podemos esquecer que a região da Lage está sob a jurisdição do prefeito Waldeli, de Costa Rica, tido como bam-bam-bam da região e do mesmo partido do governador. Se ele está deste jeito imaginem os habitantes de Chapadão do Sul.
Pelo menos deve-se admitir que o governo central é bom de lábia e promessas. Uma solução para o impasse territorial com Paraíso das águas seria apresentada pelo governador André Puccinelli. Muitos ?emergentes da geopolítica? que cercam o prefeito Luiz Felipe Magalhães entraram na ?barca furada? e o ?homi? até retirou a pré-candidatura a senador… E agora José… Vai ?pendurar as chuteiras? de forma melancólica e deixar a malha viária da região destruída por buracos e Chapadão do Sul sem o território.
O clamor popular no apagar das luzes da ?Era Puccinelli? objetiva ? pelo menos ? estradas que possibilitem uma simples viagem a Campo Grande, capital política-administrativa. A população nem quer saber quem são os donos das construtoras ou o valor que serão gastos nas obras. O cidadão paga para ter estrada e precisas delas para se locomover com segurança.
Na última visita de Puccinelli a Chapadão do Sul ele chorou copiosamente, mas não há como aferir a magnitude das lágrimas do alcaide máximo do MS e das famílias que perderam filhos, maridos, esposas e amigos nestes buracos ?à Puccinelli?. Como diz o competente jornalista Bóris Casoy. ?Isso é uma vergonha?
