Documentários sobre meninos no tráfico brotam pelo Brasil afora, onde eles são usados pelo crime organizado. O bizarro deste fenômeno está no fato dele chamar atenção somente quando seus efeitos nefastos batem em nossas portas. Jovens que deveriam estar na escola ou ajudando os pais em tarefas domésticas ficam nas esquinas dos bairros Esperança, Esplanada, Parque União e Sibipiruna, em Chapadão do Sul. Há duas semanas um caso típico de ?juventude perdida? foi registrado rua D, no Esperança, quando cinco rapazes acabaram detidos pela Polícia Militar.
A liberação dos jovens se deu no mesmo dia, apesar de todos terem passagens na polícia por diversos delitos. Passados três dias um deles, de 1º anos, foi preso novamente e em flagrante por tráfico de drogas. Estava com 20 gramas de crack, três porções de maconha e R$ 574,00 divididos em notas de R$ 1º,00, R$ 20,00 e R$ 2000. Este rapaz teve sua foto estampada em sites noticiosos, envergonhando a imagem da família na sua comunidade. Mas será que ele ainda se preocupa com isso ou a auto estima deu lugar ao vício e ao recrutamento como ?soldado doo tráfico?.
Estudos recentes confirmam que o grande ausente na vida destes jovens é a famílias, principalmente a figura do pai. Muitos revelaram terem se revoltado com o abandono paterno. Um garoto dizia que, aos dezessete anos, nunca tivera uma festa de aniversário. Outro, nem sabia quem era o pai. Um terceiro o conhecia, mas somente porque apanhava dele.
Os comentários feitos por personalidades e especialistas foram praticamente inócuos: mudança de políticas públicas, reflexão sobre o tema ? de um modo genérico ? ou simples lamentos. Contudo, em nenhum momento falou-se: ?é preciso revalorizar a família?. Não há dúvidas que o problema do tráfico já existe e é preciso fazer algo pelos jovens que não têm família, incentivando o esporte e práticas profissionais.(chapadensenews.com.br e porttaldafamilia)
