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O soldado Borges, do 7º Sub-Grupamento do Corpo de Bombeiros de Chapadão do Sul, aproveitou a folga e partiu para o Rio Grande do Sul numa missão humanitária com recursos próprios. Comoveu-se com as imagens dramáticas transmitidas pela televisão. Preferiu deixar o conforto da sala como mero espectador para vivenciar in loco a tragédia que afetou milhões de pessoas e ajudar a salvar vidas de moradores e animais ilhados em suas casas. Borges teve a companhia dos colegas voluntários de farda Denner (lotado em Jardim), José Lauro e Ervê (Coxim). O relato do militar impressiona pelo depoimento de quem estava no meio da maior tragédia natural da história do Brasil.
Depois da autorização do comando, a viagem começou em Chapadão do Sul e teve o ponto de parada em Campo Grande onde os demais bombeiros embarcaram. Desde o carro, alimentação, combustível e a embarcação foram custeadas pelos quatro abnegados voluntários. Todo o recurso pessoal foi usado no salvamento de pessoas ilhadas, levar mantimentos e comida aqueles que não podiam ou não quiseram deixar as casas tomadas pelas água.
Foram cerca de 28 horas de viagem até Porto Alegre, uma Capital completamente isolada por terra e sem acesso às demais cidades. O trabalho se resumiu em ajudar na retirada de pessoas – principalmente – idosos, crianças, pessoas acamadas ou em comunidades que não possuíam capacidade para sair por conta própria. Estes “ilhados” já estavam há muitos dias sem água, energia e alimento.
Logo a seguir focaram no resgate de animais que acabaram ficando para trás. Estavam sem ração e água por mais de 10 dias. Borges e os companheiros ficaram em Porto Alegre e na região de Canoas, uma das cidades mais afetadas. Nos bairros Humaitá e a Vila Farrapos a água atingiu a marca de 6 metros de altura. Navegaram perigosamente próximos a cabos de energia. O casco da embarcação abalroava tetos de caminhões submersos.
Nestes dois bairros os voluntários encontram muitos animais mortos e alguns corpos de pessoas boiando. Também precisaram entrar na água suja para salvar moradores e levá-los para abrigos. Após a missão de resgate veio o trabalho humanitário de levar mantimentos, água, remédios e itens de higiene pessoal aqueles que não queriam deixar as casas com medo de saques. Durante as atividades os militares receberam o apoio de médicos, enfermeiros e psicólogos voluntários.









