A lentidão nas operações de embarques de grãos no Porto de Santos teve efeito em Chapadão do Sul. Várias empresas com sede na cidade operam com agendamento de fretes on-line para liberar carregamentos em direção ao litoral paulista. Durante a semana um problema no terminal do Guarujá causou um congestionamento de caminhões no Posto Novo Mato Grosso e nas imediações do Sindicato Rural. Joelson de Souza, do escritório da Bunge, confirmou que os problemas no porto afetam as rotinas da empresa no município, obrigando os motoristas a ficarem parados.
Desde a última segunda feira que a presença de centenas de caminhões parados chamava a atenção das pessoas que trabalham no mercado de grãos. Além do problema operacional do terminal do Guarujá, atrasos nos navios também podem acarretar prejuízos aos caminhoneiros. A Bunge opera com grandes frotas e seu contrato prevê o pagamento de estadia ao motorista parado por algum problema operacional.
Somente o Mato Grosso do Sul comercializou cerca de 1º milhões de toneladas com o mercado externo e não conseguiu entregar nem a metade ainda. Problemas relacionados ao valor do frete, exportações e problemas estruturais nos portos afetam diretamente o bolso dos caminhoneiros. A simples quebra de um guindaste na beira do cais causa um afeito dominó gigantesco em todos os estados produtores de grãos ou outros itens de exportação. Esta foi uma das explicações para o grande número de caminhões parados em pontos estratégicos de Chapadão do Sul durante a semana.