Prefeitos de vários municípios de Mato Grosso do Sul estão enfrentando dificuldades para colocar as contas em dia. Eles enfrentam problemas com dívidas grandes deixadas por antecessores, que lhes obrigam a adiar a efetivação de propostas feitas na campanha eleitoral. O prefeito de Coxim, Aluizio São José (PSB), é um dos que herdaram dívida de ex-prefeito. Ele conta que a prefeita Dinalva Mourão (PMDB) deixou uma dívida de aproximadamente R$ 1º milhões para o município, que tem arrecadação de, aproximadamente, R$ 4 milhões. As dívidas incluem previdência, empenhos cancelados, folha de pagamento de dezembro e maquinários sucateados.
Para contornar o problema o prefeito tentará o equilíbrio fiscal, promovendo economia e a eficiência da gestão. Ele pretende observar cada centavo empregado e reavaliar o custo unitário do serviço público para estancar as despesas do município, já que a economia não é tão forte. O prefeito também vai fortalecer o turismo. Ele anunciou que vai transformar a Secretaria de Governo em Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, para mostrar que Coxim também faz parte do Pantanal. Para fortalecer o turismo o prefeito pretende, primeiramente, fazer a população acreditar que é possível incluir Coxim no roteiro turístico nacional e sobreviver desta atividade.
O prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina (PSDB), também enfrenta dificuldades na prefeitura deixada por João Carlos (PT). Segundo o prefeito, a dívida chega a R$ 8 milhões, incluindo fornecedores, INSS e pagamento de servidores. Para quitar os débitos com a folha de pagamento de dezembro dos servidores o prefeito terá que parcelar a dívida em três vezes.
?Vamos ter que fazer uma redução de gastos para poder cumprir compromissos. A prioridade é a folha do servidor. Vamos ter que evitar contratações e o que seria para investir será usado para pagar dívida?, explicou. Segundo Caravina, a arrecadação do município é de R$ 50,9 milhões.
O prefeito de Amambai, Sérgio Barbosa (PMDB), também herdou dívidas do antecessor, Dirceu Lanzarini (PR).
Ele conta que até o momento a dívida chega a R$ 20milhões e o problema é ainda mais grave porque, segundo ele, não consta na contabilidade do Município. As dívidas são geradas de rescisões de funcionários e contrapartidas de obras. A arrecadação do Município é de, aproximadamente, R$ 5 milhões, segundo Sérgio Barbosa.
O prefeito de Sete Quedas, José Gomes (PMDB), conta que o Município tem uma dívida de R$ 6 milhões, deixada pelo ex-prefeito Sérgio Mendes (PDT). As dívidas, segundo José Gomes, são com pagamentos de energia, conta de água e previdência social. Com o orçamento pequeno, de aproximadamente R$ 1ºmilhão, o prefeito vai ter que estabelecer prioridade e já decidiu que vai estabelecer prioridades. ?Devo e não nego. Pago quando puder. As contas anteriores são de responsabilidade do prefeito anterior?, justificou.
O prefeito de Caracol, Manoel Viais (PT), revela que a situação no município é caótica, com precatórios vencidos, INSS e hospital com dívida de R$ 1º7 milhão. A situação é tão difícil que o prefeito cancelou até o Carnaval. ?São R$ 300 mil com precatório, R$ 550 mil com INSS, R$ 1º7 milhão do Hospital?, detalhou o prefeito, ressaltando que tem uma arrecadação de apenas R$ 1º20milhão. (midiamax)