Chapadão do Sul/MS

PROJETO de Lei que proíbe fogos de artifício com estampido será o fim do sofrimento de cães e distúrbio em crianças autistas em Chapadão do Sul

Na sessão de ontem na Câmara de Vereadores foi lido o Projeto de Lei nº 08/2021 de autoria do Vereador Vanderson Cardoso que “Proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos com estampido no Município de Chapadão do Sul”. O fim deste barulho trará alivio à população canina da cidade. Muitos animais desaparecem e não são mais localizados pelos durante a pirotecnia de natal, ano novo e outros eventos comemorativos.  Crianças com autismo também são afetadas e sofrem convulsões  devido à hipersensibilidade sensorial aos estímulos do ambiente. Um latido de cachorro ou uma buzina de caminhão também afetam e causam pânico nestas pessoas.

O assunto não é novidade e sempre dividiu opiniões. A única certeza será receptividade positiva entre os militantes da “causa animal” em Chapadão do Sul. Os animais entram em pânico durante a pirotecnia e barulho causados em datas especiais como o final do ano na Praça de Eventos.

CAMPO GRANDE JÁ ADERIU – Várias cidades brasileiras já deram os primeiros passos nesta direção e conseguiram o apoio dos prefeitos como em Campo Grande – Marquinhos Trad – proibiu fogos de artifícios em eventos promovidos pelo município através de decreto. “Não quero fogos, assusta os animais” e, segundo o chefe do Executivo Municipal, há estudos científicos que comprovam que o barulho causa sérios danos aos animais

CAUSA ANIMAL EM CHAPADÃO DO SUL – A cidade tem milhares de cães que sofrem nas ruas e muitos são  tratados como membros das famílias. Há uma mobilização permanente de voluntários anônimos, de ONGs e do Canil Municipal que buscam soluções paliativas para melhorar a vidas dos animais. Medidas aprovadas na Câmara de Vereadores como castração ou chipagem ainda não saíram do papel, mas foram elaboradas para tirar estes animais da situação de risco  e evitar a geração de doenças.   

DESAPARECIMENTO DE ANIMAIS – Durante as festas com muita pirotecnia é comum o desaparecimento de cachorros que fogem de casa, se machucaram ou sofrem ataques de pânico e desmaios durante shows pirotécnicos. Os ouvidos supersensíveis destes animais tornam o ruído dos estouros muito mais perturbador e assustador. Há registros de problemas neurológicos ou cardíacos. O tema  também esteve em discussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que já promoveu audiência e prepara um projeto de lei a respeito do assunto. 

SENADO ANALISOU O ASSUNTO – O  Senado também analisou a proposta de proibição de fogos de artifício com ruídos, como rojões, morteiros e bombas. A sugestão popular ultrapassou as 20 mil adesões necessárias para que o assunto seja apreciado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) chegando a obter 45,7 mil manifestações de apoio.   

PESSOAS SÃO AFETADAS – A sugestão, que foi alvo de campanha favorável dos protetores de animais na internet, prega que os fogos com barulho devem ser proibidos para proteger os bichinhos, que podem sofrer com desnorteamento, surdez, ataques cardíacos e até morte. Em humanos, o autor da ideia fala dos inúmeros problemas ocasionados, como amputamento de dedos, stress nas crianças autistas e incômodos nas pessoas em leitos de hospitais.

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