O PMDB realiza a partir das 9h desta terça-feira (9) convenção nacional do partido para decidir se apoiará a presidente Dilma Rousseff na eleição de outubro, mantendo a chapa atual com Michel Temer como vice-presidente.
A expectativa, de acordo com a cúpula do partido, é de que a aliança com o PT receba o apoio de 70% dos peemedebistas. Já a ala dissidente do PMDB prevê uma disputa mais apertada, com votos de pelo menos 40% da sigla pela ruptura da aliança.
Esse grupo alega que o governo Dilma não incluiu o PMDB nas decisões de governo e critica a postura do PT de priorizar candidaturas próprias nos estados, em vez de formar coligações em algumas regiões com candidatos peemedebistas. A presidente vai comparecer à convenção por volta das 1ºh, quando os votos tiverem sido apurados.
Em reuniões nesta segunda (9) com alas do partido, como o PMDB Jovem e o PMDB Mulher, Temer pediu apoio e até “boca de urna” durante a convenção. Ele afirmou, porém, estar “confiante? na vitória e minimizou a campanha de parcela da sigla contra o apoio a Dilma.
“Os levantamentos que temos revelam que a aliança será renovada. Eu não estou preocupado com percentual. Se tiver 30%, eles estão reconhecendo a derrota. Tem que ter 51º. Tendo isso, estou satisfeito”, disse.
O presidente interino do PMDB, Valdir Raupp (RO), disse ao G1ºque não há “a menor possibilidade” de a convenção nacional rejeitar a chapa composta por Dilma e Temer. “Não tem a menor possibilidade de dar zebra”, garantiu. “Quem votar contra vai estar votando contra o Michel Temer, porque o candidato é ele, candidato único, porque não tem nenhuma outra inscrição para disputar com ele”, declarou.
Mesmo entre os delegados de estados onde há maior movimento contra o PT, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, Raupp afirma que será possível manter a maioria dos votos favoráveis à aliança. “No Rio Grande do Sul, onde há disputa histórica entre PT e PMDB, acho que conseguiremos 70% de apoio. No Rio, o Sérgio Cabral tem dito que vai trazer cerca de 70% também”, declarou Raupp. (G1º