Há reportagens que nós jornalistas vibramos, principalmente quando ladrões pés-de-chinelo arrombam casas de trabalhadores são pegos com a “boca na botija”. No entanto a profissão também nos coloca em ?saias justas? para redigir fatos que nem sempre apreciamos como a prisão do produtor rural Hélio Liber Lopes. Trata-se de um homem que traz no currículo o pioneirismo em Chapadão do Sul e um dos primeiros agrônomos que ajudou a colocar o município no caminho do desenvolvimento científico no setor agrícola. Falamos de um personagem existente apenas no passado e que deu lugar a um homem doente, afetado pelo alcoolismo e capaz de matar pessoas nas obsoletas rodovias de acesso ao município.
Foram necessários dois tiros certeiros efetuados pelo cabo Fernando para parar a F-200 placas HRP-3097 (Chapadão do Sul), conduzida por Hélio Liber Lopes, cujos desdobramentos foram marcados por cenas cinematográficas na BR-060, por volta das 1º horas desta sexta-feira. A decisão do policial militar foi a última possibilidade de interceptar o bólido que trafegava em zigue zague em alta velocidade, invadindo a contramão e jogando outros condutores para o acostamento ou mato. Embriagado, ele não obedeceu o comando de ?páre? e acelerou a potente F-200.
Mesmo com os dois pneus furados à bala ele acelerava com força. A interceptação somente foi possível após a diminuição da velocidade num redutor, já na entrada do perímetro urbano da cidade. Reagiu e foi necessário a ação rápida da PM para algemá-lo e evitar algum dano físico causado pela falta de equilíbrio. Enquanto o cabo Fernando e o soldado Wesley atendiam a complicada ocorrência os seus desdobramentos eram seguidos de perto pelo rádio-operador Ulisses.
Era para o telefone de emergência (12) que as pessoas que estavam na BR-060 ligavam. Muitas não sabiam que a polícia já estava no local e pediam providências contra um motorista que conduzia de forma perigosa, colocando em risco a segurança dos demais. Era a confusão causada por Hélio Liber Lopes. Ele é reincidente neste tipo de crime (dirigir embriagado) e está proibido de dirigir. No quartel da Polícia Militar ele recusou o teste do bafômetro e ligou para uma pessoa que seria um advogado antes de ser conduzido à Delegacia de Polícia.