Chapadão do Sul/MS

Pão Francês sofre majoração de 40 a 60% em padarias de Chapadão do Sul

O ?pãozinho nosso de cada dia? sofreu uma majoração que varia entre 40 a 60% em panificadoras de Chapadão do Sul. Segundo informações dos próprios comerciantes alguns estabelecimentos cobravam R$ 20 centavos/unidade passaram para R$ 35 centavos (40%). Apesar disso há registros de R$ 50 centavos (60%). Independente de quem está exagerando o aumento será sentido no bolso do trabalhador, quem sempre acaba pagando o ônus e o bônus da política econômica no Brasil e no mundo.

No final de agosto, na tentativa de evitar um novo reajuste no preço da farinha, que subiu 30% no último ano, o governo federal deu mais dez dias para os moinhos importarem trigo de fora do Mercosul sem pagar imposto de 1º%. O prazo limite, que era o fim de julho, foi estendido inicialmente para 31ºde agosto e, agora, para 1º de setembro. Além disso, o volume isento foi ampliado de 20milhões para 203 milhões de toneladas.

Como não reduz os custos atuais, a medida não tem potencial para baixar preços, segundo o setor de panificação. O último reajuste na farinha, de cerca de 1º%, ainda não teria sido repassado para os derivados, como pães e biscoitos. Isso deve ocorrer no início de setembro, conforme o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Paraná.

Importações

Com as perdas climáticas na América do Sul, o Brasil precisa ampliar as compras da América do Norte para, pelo menos, controlar a inflação no preço do pão e outros derivados da farinha. Dos 203 milhões de toneladas a serem importados sem imposto, 1ºmilhão de toneladas já chegaram aos portos brasileiros. Mesmo isento da tributação, o trigo dos Estados Unidos custa R$ 1ºmil por tonelada à indústria, 20% mais que o valor pago pelos moinhos antes das quebras.

O Brasil importou 4,1ºmilhões de toneladas de trigo de janeiro a julho, 570 mil toneladas (ou 1º%) a mais que no mesmo período de 201º A tendência é de que os 6,44 milhões de toneladas importados no ano passado sejam superados, a não ser que os preços reduzam o consumo.

A Argentina continua sendo a principal fonte externa do cereal para o abastecimento brasileiro, apesar de as vendas terem sido interrompidas em julho por Buenos Aires, que também tenta administrar a escassez do alimento.

A importação de trigo argentino até julho foi de 205 milhões de toneladas, ante 208 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. Nessa mesma comparação, as compras dos Estados Unidos passaram de 1º mil para 991ºmil toneladas.

O governo federal espera que a oferta interna de trigo aumente nas próximas semanas, quando a colheita do Oeste do Paraná e do Paraguai deve engrenar. Essa região teve quebra de mais de 50% e enfrenta geada novamente nesta semana. A nova safra da Argentina só deve chegar em novembro.

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