Chapadão do Sul/MS

Operário cultivava maconha na horta em Chapadão do Sul. Dedicação em regar as plantas chamou a atenção da PM

Tudo transcorria na mais perfeita harmonia na horta do operário Everton Aparecido da Silva na Avenida São Paulo. Os pés de salsinha, cebolinha e de pimentão estavam cada vez mais vistosos. Todos os dias ele regava com muito carinho sua produção para garantir o crescimento homogêneo dos vegetais. Mas uma planta destoava das demais e começava a chamar atenção até de quem não tem intimidade com a roça. O destaque não era para nenhum pé de tomate, mas a famosa Cannabis Sativa, também conhecida por maconha.

O planta já estava com uma caule robusto, com cerca de 45 centímetros e começa florescer. Flores amarelas sinalizavam que deveria produzir sementes em breve. O ?produto rural? Everton da Silva não chegou a ver a parte mais bonita da planta que é a floração porque uma guarnição da Polícia Militar chegou no local e ?arrancou o mal pela raiz?. Everton foi em cana pela produção da droga.

MACONHA ? a Cannabis Sativa é uma planta herbácea da família das Canabiáceas (Cannabaceae), amplamente cultivada em muitas partes do mundo. Sua resina tem propriedades psicoativas podendo atuar como analgésico, anódino, antiemético, antiespasmódico, calmante do sistema nervoso, embriagador, estomático, narcótico, sedativo, tônico. O principal produto comercializado, hoje em dia, é a maconha, que é classificada como ilegal em muitos países do mundo.

Os primeiros registros históricos do uso da Cannabis sativa para fabricação de papel, datam de 8000 anos a.C, na China. Depois os chineses descobriram e desenvolveram outras formas de uso da planta, principalmente para produção de artigos textêis e medicina. Mais tarde, outras sociedades, como os gregos, romanos, africanos, indianos e árabes também aproveitaram as qualidades da planta, fosse ela consumida como alimento, medicina, combustível, fibras ou fumo.

Entre os anos de 120 a.C. até meados do século XIX, a maconha e o cânhamo produziam a maior parte dos papéis, combustíveis, artigos textêis e sendo, dependendo da cultura que a utilizava, a primeira, segunda ou terceira medicina mais usada. Sua grande importância histórica se deve ao fato da maconha ter a fibra natural mais resistente e forte do que todas as outras, podendo ser cultivada em praticamente qualquer tipo de solo.

Da China, ela se espalhou para a índia, o Oriente Médio, o Norte da áfrica. De lá desceu rumo à áfrica Subsaariana e subiu até a Europa, via Turquia. O frio europeu parece ser uma das razões pelas quais a erva não era fumada no continente. Os princípios ativos da planta, THC e canabidiol, se desenvolvem em quantidade maior em ambientes quentes e ensolarados durante a maior parte do ano. Fumar maconha não fazia sentido para os europeus de antanho, porque não fazia efeito algum.

Em tempos passados a maconha somente poderia ser “colhida” na Europa e em regiões circunvizinhas no período entre setembro e dezembro. Na década de 90 iniciou-se o cultivo artificial da maconha, quando foi introduzida uma nova técnica, utilizando luzes artificiais como as de vapores de sódio e as multi-vapores (mercúrio e outros gases componentes).

Durante este período (década de 90), os estudos e investimentos na cannabis cresceram tanto que hoje existem milhares de empresas no mundo que se dedicam dia a dia no melhoramento genético desta planta. Ação esta que proporcionou a existência de uma infinidade de tipos de cannabis, centenas de Híbridos, Sativas, índicas.

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