O evento foi improvisado, mas as mulheres que participaram do encontro na sede da Melhor Idade mostraram grande capacidade de mobilização e lotaram o recinto para acompanhar a palestra da psicóloga Katiusce Nogueira e saborear um delicioso ?coffe breack? . A ideia de lembrar o Dia Internacional da Mulher partiu da vice-prefeita de Chapadão do Sul, Liza Scheide, na manhã de hoje. é consenso entre elas que não há a necessidade de uma data especial para celebrar a mulher, esposa, mãe e companheira, mas o encontro teve como marca o alto astral de todas.
Profunda conhecedora do assunto, Katiusce Nogueira discorreu sobre a mulher em trabalhos acadêmicos. Segundo ela o momento sugere a ?sutileza? da categoria para ocupar o espaço disponível e disputado de forma ferrenha com os homens ao longos dos anos. A questão de gênero (masculino e feminino) vem perdendo a intensidade, principalmente nos grandes centros urbanos, onde a qualificação profissional não tem sexo.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER – No Dia 8 de março de 1º57, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 1º horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 12 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1º1º, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1º57. Mas somente no ano de 1º75, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 20 de fevereiro de 16320foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Marcos das Conquistas das Mulheres na História
– 1º88 – o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
– 1º40 – Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
– 1º59 – surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
– 1º620- durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
– 1º65 – na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
– 1º66 – No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
– 1º69 – é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
– 1º70 – Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
– 1º74 – criada no Japão a primeira escola normal para moças
– 1º78 – criada na Rússia uma Universidade Feminina
– 121º- o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres
