Juliano Clarismundo Silvino (ex-marido da estudante Cássia Cristina) e Alexandre Dias Galvão da Silva sentaram no banco dos réus hoje, no júri montado na Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul. Eles são acusados pelo assassinado bárbaro de Cássia em outubro de 201º A vítima se preparava para entrar na escola estadual Augusto Krug Neto, no centro da cidade, quando Alexandre chegou por trás jogando gasolina em suas roupas. Depois de transformar a mulher numa tocha humana ele saiu correndo. As investigações policiais apontaram Juliano como mandante do crime mais bárbaro já praticado no município.
Após a conclusão dos trabalhos de investigação do delegado Cleberson dos Santos os dois acusados foram chamados de ?monstros? pelo requinte de crueldade com o qual a mulher foi assassinada. Quando a polícia começou a chegar perto Juliano chegou a forjar provas ao simular um ataque feito por uma dupla de motoqueiros quando comprava pão. O suposto agressor teria jogado álcool nele e antes de fugir tentou atear fogo.
Juliano ainda registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, mas logo a seguir foi desmascarado. O suposto agressor era Alexandre Dias Galvão da Silva (20), o mesmo psicopata contratado para jogar gasolina no corpo de Cássia Cristina e depois transformá-la numa ?tocha humana?. A revelação foi feita pelo delegado na época, Cleverson dos Santos, quem descobriu a autoria e o mandante do bárbaro assassinato da estudante.
Naquele momento a mente criminosa de Juliano tentava criar fatos para tirá-lo da posição de principal suspeito da morte da ex-esposa. Ele queria se passar por vítima porque a comoção popular em torno do caso era é muito forte. A esposa mantinha um relacionamento extra-conjugal e seu assassinato ? com requinte de crueldade ? está relacionado a este triângulo amoroso. Após a polícia fechar o cerco o assassino decidiu colaborar e contar tudo, desde que ficasse em liberdade, conforme prevê a Constituição.
Durante a reconstituição do crime, marcada por uma ?frieza bestial?, Alexandre Dias Galvão da Silva mostrou como jogou gasolina nas costas da vítima e depois ateou fogo.
MORTE: Cássia Cristina morreu no dia 5 de maior de 201º ás 4 horas da madrugada, na UTI da Santa Casa de Campo Grande. Ela estava em coma desde o dia 20 de abril, após ser queimada no centro de Chapadão do Sul, quando se dirigia à escola estadual Augusto Krug Neto, por volta das 1º horas. Ela teve cerca de 50% do corpo queimado, sofria de infecção generalizada, e não suportou uma parada cardíaca. A jovem deixou uma filha.
Antes de ser socorrida pelo corpo de bombeiros de Chapadão do Sul ela foi ajudada por populares. Pedaços de pele caiam no chão, numa cena aterrorizante. Depois disso a vítima foi transferida para à Santa Casa de Campo Grande, induzida ao coma e não falou com mais ninguém.
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