A adolescente de 1º anos que teve o rosto cortado por uma colega da mesma idade durante uma briga ocorrida após saírem da escola, no município de Camapuã, falou sobre a agressão em uma entrevista ao MS Record, onde conta como pretende reconstruir a vida depois de ter o rosto retalhado. VEJA o vídeo exibido na TC Record no link abaixo
http://youtu.be/_Sq_oD9NDhs
Confira a entrevista:
O corte no lado esquerdo do rosto é extenso e profundo – tanto que chegou a separar o lábio superior da boca. Por muito pouco não perfurou também o olho da estudante, que decidiu falar com a nossa equipe com exclusividade. Ela conta que só percebeu a gravidade do corte, quando chegou ao hospital.
?Quando acabou a briga eu vi o sangue descendo mais ainda achei que fosse do nariz. Aí a moça do buffet me socorreu e quando olhei no retrovisor do carro, eu vi meu rosto, e só vi a boca cortada e toda ensanguentada?, relata a vítima.
A imagem da briga entre as adolescentes é chocante. A confusão foi na saída da escola, perto do meio dia. A menina que foi atingida com o estilete feito em casa, teve o rosto lavado de sangue.
Ela conta que não conhecia a agressora e que as ameaças começaram um dia antes. ?Eu conhecia ela só de vista, e que ela morava na Vila Industrial, nunca tive contato?, diz a vítima.
A briga ganhou repercussão na internet por meio das redes sociais.
A menor agressora – também com 1º anos – teve a apreensão decretada e ficou cinco dias na delegacia da cidade, até conseguir a sua transferência para uma unidade de internação em Campo Grande.
O Ministério Público segue a frente do caso e tem agora um prazo de 45 dias para finalizar o auto de apreensão pelo ato infracional. Depois disso caberá à Justiça decidir se da jovem continuará internada, ou terá a sua liberdade para cumprir medidas sócio educativas.
?A partir do momento em que o procedimento está instaurado, estando o menor apreendido há um prazo de 45 dias para seu encerramento, após esse prazo e tramitação regular desse processo, sobrevém a decisão de qual a melhor medida?, diz o promotor de Justiça, da Infância e Juventude Douglas Teixeira.
A cicatriz no rosto da adolescente segue bem. Já tiraram os pontos, mas o medo de sair pela cidade e voltar a estudar continuam.
?Uma pessoa que faz isso pode tudo, que muitas vezes pode sair mais revoltada e tentar fazer outra coisa. Porque eu estava dentro do hospital e ela continuou ameaçando dizendo que não tinha terminado o serviço dela, é complicado a gente fica com medo?, diz a vítima.
Para a mãe da menina fica a revolta, de todos terem assistido a cena e ninguém ter feito nada para socorrer sua filha.
?Se aquela menina descesse aquele estilete e passasse no pescoço da minha filha, ela ia morrer ali, na calçada porque ninguém socorreu, porque a diversão deles era filmar, tinha adultos ali e a todo momento ela estava com a face cortada, a minha dor é que ninguém socorreu ela?, finaliza a mãe da vítima. (Fonte idest.com.br)