O hábito de consumir narguilé em rodas de amigos nos locais públicos de Chapadão do Sul não foi alterado, apesar da aprovação de uma lei municipal que proíbe esta prática desde junho. Na tarde de ontem a Polícia Militar mapeou alguns pontos da cidade ocupados por jovens usando os cachimbos. Os PMs ainda não receberam nenhuma determinação do comando para agir neste caso. A lei, de autoria do vereador Elton Silva, é clara quando a proibição em praças de lazer, parques, jardins, espaços esportivos e qualquer local onde houver concentração de pessoas.
Cabe lembrar que cada lei aprovada pela Câmara e sancionada pelo Poder Executivo exige a ação da fiscalização nas ruas. O caso lembra a tentativa de um parlamentar gaúcho em criar um projeto de lei que regulamentou a ação de assar um churrasco. Pelo entendimento do texto tinha que ser observado todo o ritual, inclusive o de colocar o osso para baixo etc. O engraçado desta iniciativa seria como colocar um exército de fiscais nas ruas para fiscalizar se cada gaúcho estava seguindo as ?determinações legais? para não ser autuado.
Já a Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul aprovou o projeto de lei, de autoria do vereador Elton Silva, que proíbe o uso de cachimbo denominado ?narguile?. O Poder Executivo, através do prefeito Luiz Felipa Magalhães, sancionou e a iniciativa passou a ser lei. Em caso de desobediência os artefatos e componentes (base, corpo, fornilho e abafador) que compõem o cachimbo serão apreendidos e a municipalidade dará o destino final ao produto.
Passados os 60 dias previstos no texto da nova lei ninguém foi advertido pelo uso porque não foi informada a forma de fiscalização. Na ocasião o vereador Elton Silva destacou que uma simples tragada no narguilé equivale ao consumo de 12 cigarros. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma rodada de narguilé tem 12 (cem) vezes mais alcatrão, 4 (quatro) vezes mais nicotina e 1º (onze) vezes mais monóxido de carbono que um cigarro comum.