Há cerca de cinco meses uma mãe passou pelo sofrimento extremo de enterrar o filho no Cemitério Municipal de Chapadão do Sul. Ele foi vítima de um acidente de trabalho ao cair de uma torre. O local, que deveria ser de descanso eterno, ainda causa dores de cabeça e aflição dos parentes. Alheios à sentimentalidade ladrões estão furtando argolas e outros adereços de bronze que ornam os túmulos e jazigos. Os ataques são feitos ? preferencialmente ? à noite, após a chegada da escuridão.
A mãe ? que pediu para não se identificar ? sugeriu a instalação de luminárias e a contratação de seguranças para cuidar do patrimônio das famílias que investem na manutenção dos túmulos dos entes queridos que partiram. Somente um porta-retrato de dimensão pequena não sai por menos de R$ 12,00. O preço das argolas de bronze não foi informado, mas são os ítens preferidos dos criminosos. O valor que mais dói neste caso é o sentimental, além do aumento da sensação de impotência.
O caso não é novo e há relatos – do ano passado – sobre o uso da área do Cemitério Municipal para o consumo de drogas e á prática de sexo. Segundo as pessoas que ao longo dos anos reclamam da política de segurança no local preservativos são encontrados com freqüência na área onde o respeito e a reflexão deveriam ser priorizados. A cobrança por melhoria na segurança e iluminação deverão ser encaminhada ao novo prefeito (Felipe Barreto).
Os furtos estão sendo atribuídos a usuários de drogas em busca de objetos que possam ser trocados por dinheiros ou entorpecentes nas bocas de fumo de Chapadão do Sul. Também não está descartada a possibilidade desta modalidade de crime estar sendo alimentada por algum receptador. Os familiares cogitam levar o caso para às polícias Militar e Civil.