O adágio popular da ?luz no final do túnel é um trem no sentido contrário? foi sentido na pele por Adilton Batista de Araújo. Ele passa por dificuldades e ocupa as instalações abandonadas do ginásio poliesportivo do bairro Sibipiruna. Sobrevive de bicos e conseguiu chamar a atenção de alguns cidadãos de Chapadão do Sul. Ganhou uma cesta básica para amenizar a fome e ela foi furtada na madrugada e trocada por drogas numa boca de fumo. Indignado Araújo registrou queixa na Delegacia de Polícia Civil.
OBRAS ABANDONADAS – Morando há dois meses em Chapadão do Sul o desempregado Adilton Batista de Araújo conseguiu realizar o sonho da “casa própria” de forma momentânea. È mais um retirante atraído pela imagem de progresso da cidade veiculado pela mídia nacional. O detalhe está no fato da habitação ser a obra inacabada do ginásio poliesportivo do bairro Sibipiruna. Cama, fogão de chão e vários eletrodomésticos estão distribuídos sob a cobertura. Araújo disse que é construtor, eletricista, sobrevive de pequenos ?bicos? e não sabe para onde irá caso seja ?despejado?.
Além de Araújo, o canteiro de obras desativado foi ocupado por usuários de drogas que infernizam a vida dos moradores do Sibipiruna. A Polícia Militar já orientou o desempregado a procurar ajuda na secretaria de Assistência Social porque ele vive cercado por criminosos que já roubaram vários objetos e andam armados.
A empresa que estava construindo o ginásio e faliu após ter feito cerca de 80% da obra licitada. A interrupção do empreendimento criou um grave problema administrativo (pepino) para o atual prefeito resolver. A empresa que faliu não tem mais as certidões exigidas pela CEF (Caixa Econômica Federal) que cobra o término do ginásio.
A relicitação ? outra alternativa ? depende de etapas como a aprovação do processo de falência. No final de abril o Luiz Felipe Magalhães foi a Campo Grande buscar orientações técnicas do TC (Tribunal de Contas) para decidir o procedimento correto para o caso, mas até o momento não informou o destino do empreendimento.
