Chapadão do Sul/MS

Júlio Martins abre porta da fundação que leva seu nome a acadêmicos de Porto Alegre

O comendador Júlio Alves Martins abriu a porta da fundação que leva seu nome para receber um casal de estudantes de Porto Alegre que estavam na Europa e vieram conhecer Chapadão do Sul na tarde de sexta-feira. Anelise Meurer Renner (acadêmica de psicologia na PUCRS) e Yuri Elias Rodrigues (Matemática) ficarão na cidade até o dia 12de fevereiro. Eles descobriram o comendador e sua importância no desenvolvimento do Centro Oeste através do sistema de buscas Google, onde ele aparece como referência na introdução de grãos e desbravador.

Se alguém ainda tem dúvidas quanto aos habitantes que aqui moravam antes da chegadas dos Gaúchos elas se dissipam quando o termo ?desbravador? é colocado antes do nome Júlio Alves Martins. Homem com ?H? maiúsculo quando o assunto é história, Júlio Alves Martins viveu e foi protagonista de muitos acontecimentos que jamais será vivenciado pela maioria das pessoas.

O comendador entregou aos visitantes revistas que contam um pouco de sua história, mostrou os aviões que o ajudaram a percorrer mais de três milhões de quilômetros ou o equivalente a 1º mil horas de vôo. Ele contou ? em primeira mão ? fatos que seriam conhecidos apenas nos livros e alguns que ainda não são conhecidos.

“Pioneiro Alado” que colocou o município no mapa político de Mato Grosso do Sul, ele sobrevoou a região há mais 40 anos, onde seria criado a ?Capital Agrícola de Mato Grosso do Sul?. Não bastasse a epopeia para sair do Rio Grande do Sul e chegar ao cerrado brasileiro, o desbravador sempre teve grande reconhecimento literário de outras cidades como Campo Grande e Dourados. Marcelo Marinho foi um destes escritores que retrataram a vida e obra de Júlio Martins. Com certeza toda a cidade gostaria de ter um pioneiro interessado e progressista como ele.

Em 201º o site chapadensenwes.com.br destacou que ?um homem constrói sua história, mas Júlio Martins construiu uma cidade?. Acreditamos que a frase retrata uma realidade indiscutível. Há 40 anos, num mês de abril, à tarde, chegava por estas bandas o homem que faria a história acontecer. Escreveria cada capítulo de Chapadão do Sul com as próprias mãos. Doou muitas terras para que a cidade pudesse construir seus prédios e escolas.

Não era somente um piloto ou pioneiro, mas o agricultor, técnico em rádio, corretor imobiliário, empresário do setor elétrico e telefônico. Como diz o escritor Marcelo Marinho em seu preâmbulo sobre Júlio Alves Martins ? além da companhia de Zeca Silva ? tinha as onças, pacas, queixadas e catetos. Fez uma arriscada aterrisagem por entre as macegas, cambarus, guaviras e aroeiras do cerrado. O pioneiro aviador desbravava o sertão do então inóspito Mato Grosso, dando nascimento a infinitas plantações agrícolas para o Brasil e os brasileiros.

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