Esta nota já foi publicada em outro site noticioso de Chapadão do Sul. Como o Chapadensenews.com.br estava em manutenção e para justificar a nota de esclarecimento da Câmara estamos republicando a postagem do internauta feita no oorreionews.com.br.
INTERNAUTA – Ouvindo a transmissão da Rádio Cultura, chamou-me a atenção as palavras da Vereadora Sônia Maran, em relação ao seu comentário sobre as aplicações que o Fundo de Previdência tem nos bancos de Chapadão do Sul, citando nomes dos mesmos e até mesmo citando os nomes de conselheiros que ela afirmou estarem presentes na sessão – Fernando e Tarcísio.
A vereadora, escondendo verdades, não teve a humildade nem a coragem de falar que ela, enquanto conselheira do Fundo de Previdência, junto com outros membros do Conselho Curador autorizaram aplicar parte do dinheiro do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Municipais no Banco Rural – este ligado a máfia do mensalão. A quantia uma vez investida através de corretores comissionados no referido banco, de R$1200.000,00 (um milhão de reais), atualmente não chega a este valor. No banco Daycoval foram aplicados um total de R$600.000,00.
O referido banco é pouco conhecido e deveria ter sido citado nas palavras da Vereadora. Talvez a Vereadora tivesse vergonha de afirmar na tribuna da Câmara que o dinheiro foi investido em bancos que não fazem parte desse município, um atualmente falido, e outro desconhecido. Enfim, já que a Vereadora fez o uso da palavra para fazer afirmações em relação ao Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de Chapadão do Sul, a mesma deveria ter usado a tribuna para falar a verdade.
Tais afirmações me motivaram a pedir cópia da ata da 999ª Sessão Ordinária em questão, na data de 1º/12201º. Solicitei também o áudio. Recebi o áudio na data do requerimento entregue à Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul. Aguardei então, a cópia da ata, a fim de fazer a comparação entre o áudio e a ata concedida. Fui informado pelo servidor da Câmara, Cláudio Sebastião Ferreira, de forma verbal que a ata estava pronta, porém, antes de ser aprovada, ela não teria validade e poderia sofrer alguma alteração antes de sua aprovação.
Ao ser aprovada, na sessão do dia 1º/020201º, recebi um telefonema da secretaria da Câmara Municipal, informando-me que a cópia da ata requerida já estava a disposição. Com a ata em mãos ? 1º5/201º, constatei que a mesma estava incoerente, pois parte do pronunciamento da Vereadora Sônia Maran não constava em ata, sendo assim, houve a omissão de algumas afirmações feitas por parte da vereadora. Não sei se isso ocorreu por parte do responsável pela redação/digitação da ata ou essa omissão foi proposital, a pedido da vereadora, que na época, era a 1ª Secretária da Câmara (201º).
O que chamou minha atenção em relação ao áudio e a cópia da ata é que três vereadores assinaram a mesma com modificações sendo uma a vereadora Sônia Maran, que era a 1ª Secretária. Assim, a ata com essas alterações foi aprovada por todos os vereadores testemunhando as inverdades, sendo que todos ouviram o pronunciamento, todos sabiam do discurso feito pela vereadora, e aprovaram um documento oficial ? a ata ? que fugia ao pronunciamento feito na tribuna. O questionamento que permanece é: será que os vereadores ao menos leram o que estava na ata, ou apenas aprovaram-na?
Se tais documentos são assinados/aprovados sem que tenham sido lidos de fato o que neles consta, os demais vereadores são cúmplices das alterações feitas na referida ata. Sou leigo quanto às leis, mas a meu ver, esse documento oficial deve estar de acordo com o que foi pronunciado e transmitido nos meios de comunicação na íntegra, uma vez que milhares de pessoas são ouvintes que acompanham as sessões da câmara de vereadores de Chapadão do Sul, através da Rádio Cultura, portanto, deve haver o máximo de transparência e clareza, e não enganação.
Não estou jogando palavras soltas ao vento, tenho provas e conhecimento do que falo.
Anselmo José Alpe
Funcionário Público e membro do Conselho
Fiscal do Fundo de Previdência de Chapadão do Sul