Chapadão do Sul/MS

Hyundai vende veículo de R$ 163 mil que não funciona: Proprietária reclama e fica sem carro

A solução para um problema de locomoção de um casal residente em Cuiabá com negócios em Sorriso, no Norte de Mato Grosso, acabou se tornando o principal problema enfrentado pela família de Sandra M. da Silva. Uma questão que se encontra sem resolução há um ano e quatro meses, quando o casal decidiu comprar, em outubro de 201º, um veículo Hyundai, mofrlo Vera Cruz, ao custo de R$ 163 mil. Sonho realizado? Quase…

Era o primeiro carro zero que a família comprava. Ao retirar o veículo da concessionária, o primeiro problema surgiu com menos de 1º quilômetros rodados. Uma pane no sistema elétrico inutilizou o veículo antes mesmo que eles conseguissem chegar em casa. A novela se estendeu por cinco meses. Depois de quase 1º idas e vindas e ligações para a concessionária, milhares de desculpas e algumas situações constrangedoras, a dona do veículo resolver desistir do bem de mais de R$ 12 mil, que de fato nunca funcionou.

?Quando eles finalmente ?resolveram? o problema, o carro que eu tinha comprado só poderia rodar sem nenhum dos aparelhos eletrônicos; eu teria que andar com um carro desconfigurado, sem trava elétrica, sem acionamento elétrico dos vidros, sem nada daquilo que tinha chamado minha atenção a primeira vista?, desabafa Sandra.

Um laudo técnico emitido por um profissional da Hyundai Caoa Ltda., identificado em documento como Eduardo Oliveira, técnico máster e Chefe de Oficina da Hyundai Alpahville de São Paulo, chegou a conclusão que os quatro módulos de acessórios instalados no veículo consumiriam em modo stand by (descanso) um total que ultrapassaria o valor de consumo suportado pela bateria do carro, como decretado pelo fabricante.

O problema se estendia a segurança e a integridade física dos proprietários do veículo, tendo em vista que a pane elétrica, sempre identificada inicialmente pela empresa Hyundai Caoa do Brasil Ltda. como um problema de ?conexão de bateria?, deixava o carro aberto onde quer que ele parasse. Como quase todo o carro é automatizado, inclusive o câmbio, o carro ficava inutilizado quando a bateria arriava. ?As portas ficavam aberta, não tinha como trancá-lo?, explica a proprietária.

?Quando eu perguntei a um mecânico da empresa se era seguro eu trafegar por uma rodovia, a 80 quilômetros por hora, com um carro que de repente pudesse ter o câmbio travado por uma pane elétrica, ele me respondeu que não garantiria minha sobrevivência?, conta o marido da proprietária do veículo.

Quando tomaram a decisão de não continuar andando com o carro que ?teimava? em apresentar o problema intermitente e tentaram resolver a questão diretamente com a gerente de vendas que os atendera, a resposta dada por ela foi que deveriam procurar a assessoria jurídica da Hyundai em São Paulo (SP). ?Eu a interpelei e disse que tinha comprado o carro em Cuiabá, portanto meu problema deveria ser resolvido aqui, mas ela repetiu que não poderia fazer nada por mim?, diz, um tanto desacreditada, dona Sandra.

Sem saída, procuraram a Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon) para tentar fazer um acordo com a empresa. Na primeira audiência, a Hyundai Caoa não mandou nenhum representante. Na segunda audiência, a empresa mandou como sua representante um mecânico sem poder de decisão alguma. ?é um desrespeito atrás de outro, eles nos tratam com total descaso?, aflige-se Sandra.

Após muita negociação, o fabricante do veículo ofereceu acordo aos proprietários. ?Eles pagariam o valor do veículo, mais os honorários e correção em cima do tempo que estamos sem carro, contudo não quiseram pagar os R$ 4 mil de IPVA e mais R$ 4 mil do seguro que pagamos em 201º contudo agora queremos receber pelos danos morais que nos foi causado, pois o nome da minha esposa foi negativado pela Secretaria de Fazenda (Sefaz) por falta de pagamento do IPVA de um carro que não temos há mais de um ano?, observa o marido da reclamante. (noticiamt)

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