Chapadão do Sul/MS

DE VOLTA PARA CASA – Após 7 anos de aventuras em vários continentes Lú Santos deixa o continente africano e volta para Chapadão do Sul

Depois de sete anos na estrada dando suporte a refugiados na Europa, Ásia e à comunidades pobres da África a missionária Lú Santos voltou para Chapadão do Sul para cuidar da vida pessoal e as articulações com os apoiadores que prestaram ajuda fundamental na suas andanças pelo mundo.   São anos de orações em estradas perigosas mundo afora.  Seus últimos trabalhos de ações humanitárias estavam concentrados na paupérrima Guiné Bissau (África) onde ajudou na distribuição e arrecadação de comida, escolas, postos médicos e poços artesianos.

Através de uma rede de contatos conseguiu muitas  doações importantes de pessoas beneméritas de Chapadão do Sul para a compra de comida distribuída na comunidade africana que tem no arroz o alimento base. Cestas básicas e outros benefícios sociais como ocorrem no Brasil não existem.  Ontem ela estava acompanhando a sessão legislativa da Câmara de Vereadores e vai avaliar novos projetos de trabalho. Suas andanças foram contadas aqui pelo www.chapadensenews.com.br

COBRA É IGUARIA – As crianças que trabalham no mato catando lenha literalmente “ganham o dia” quando se deparam com a famosa Anaconda que é transformada num banquete. A carne desta cobra e  ratazadas  são iguarias nesta parte do mundo onde não há o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) para proibir o trabalho infantil. Estas cobras viraram pragas gigantes e perigosas em áreas alagadas de Miami (USA). Sem inimigos naturais ganharam tamanho, peso e caçam até pessoas. 

FOME MATA MAIS QUE COVID-19 – A exemplo da obra de Cervantes, a luta é sempre contra “moinhos gigantes” na forma da Malária, Febre Tifoíde e desnutrição. Com  a ameaça do Covid-19 Lu Santos e outros colaboradores correm risco eminente de contágio durante a entrega das doações no horário permitido.  O Isolamento Social começa depois das 11 horas da manhã em alguns locais, quando todos ficam no mesmo ambiente familiar sem a mínima noção sobre os perigos do Covid-19.  A fome é o pior flagelo e assusta bem mais. 

TOMAM ÁGUA DO GADO – Nesta semana Lu Santos e seus companheiros que prestam serviço voluntário na África iniciam a perfuração de um poço artesiano para abastecer e melhorar a qualidade de vida da comunidade. Mulheres, homens e crianças tomam água no mesmo espaço do gado. A fonte também vai acabar com as caminhadas de até 10 quilômetros no meio do mato em busca de água de melhor qualidade. 

FUNDAÇÃO ESPERANÇA – A obra é uma doação da Fundação Tempo de Esperança de Costa Rica (América Central). Saneamento básico é lenda e não existem escolas. A Estrutura mínima é conseguida com doações de entidades filantrópicos e de voluntários como Lu Santos. A dificuldade também é agravada por doenças mortais como o Ebola, Covid-19 e Malária que afetou a saúde da sul-chapadense. Em duas semanas terá início a construção de uma escola. Lú não vai acompanhar está etapa porque estará voltando para o Brasil nesta terça-feira. 

ARROZ E CALDO KNORR – Para nós – Sul Americanos – é muito tentador entrar num shopping  e resistir à compra de um  par de tênis de marca, apesar dos preços sempre nas alturas. Em outra realidade como o paupérrimo Guiné Bissau famílias passam o ano comendo  arroz com Caldo Knorr e um par de chinelos novos pode significar a diferença entre ferimentos e até perdas de partes do pé. A felicidade simples – porém prática – de crianças, jovens e adultos com doações oriundas de pessoas beneméritas de Chapadão do Sul e de outros países fazem a diferença na vida destas pessoas.  

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