Chapadão do Sul/MS

CRIANÇA ferida em acidente de trânsito em Chapadão do Sul foi transferida para CG. Motos superaram pedestres em número de ocorrências nas ruas da cidade

Um criança de cinco anos foi transferida com Vaga Zero para Campo Grande com suspeita de fratura no fêmur. Ela é uma das vítimas do acidente entre uma moto e duas bicicletas na Avenida Rio Grande do Norte por volta das 18 horas de ontem, em Chapadão do Sul. O Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros e encaminhou a vó e a neta para o Pronto Socorro do Hospital Municipal. Segundo informações do local a moto trafegava pela avenida sentido centro-bairro as ciclistas ingressaram na via. As vítimas ficaram no solo com lesões abrasivas na pele. A avó tinha um com corte contuso na perna esquerda e a menina o fêmur direito e corte inciso no nariz. (Foto / Ilustração)

Após a avaliação e tratamento pré-hospitalar ambas foram encaminhadas ao Hospital Municipal de Chapadão do Sul. O motociclista nada sofreu e prestou auxílio às vítimas no local do acidente, aguardando a Polícia Militar para os procedimentos de trânsito. Os acidentes de trânsito envolvendo motociclistas em Chapadão do Sul tiveram  aumento significativo nos últimos anos, tanto em quantidade quanto em gravidade.

Até 2015 os registros de acidentes com motos em Chapadão do Sul apontavam a média de pelo menos três motoqueiros atendidos diariamente  no Pronto Socorro do Hospital Municipal. Este número projetava  cerca de 90 casos mensais. Hoje estes dados podem ser bem mais elevados porque não há estatística disponível. Muitos são imprudentes mesmo, mas outros fatores como o ponto cego nos veículos, ruas esburacadas e a falta de educação de motoristas resultam em sérios ferimentos em condutores de motos.

Em  2013  54.767 morreram e 444.206 ficaram inválidos no Brasil. A grande maioria, 76,7%, sofreu acidente de moto. Enquanto a frota de carros cresceu 175% desde 1998, a quantidade de motos explodiu. Eram somente 2,5 milhões há 16 anos. Hoje, são 18,6 milhões circulando nas ruas do país. Uma alta de 644%. Crédito mais fácil e engarrafamentos constantes impulsionaram o consumo. Juntamente com o aumento da frota, os casos de invalidez quintuplicaram: eram 89 mil em 2008.

Há cinco anos, a principal vítima no trânsito era o pedestre. Hoje, é o motoqueiro. Nos acidentes, 74% das vítimas são condutores, 14%, o carona e 12%, o pedestre. Com os engarrafamentos, a velocidade diminuiu e a letalidade dos acidentes de carro, também. Mas qualquer queda de moto tem probabilidade grande de atingir pernas, de provocar a perda da mobilidade — diz Márcio Norton, diretor de Relações Institucionais da seguradora Líder, que administra o seguro DPVAT.  

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