Nenhuma barata morta sequer, mas uma conta de dedetização de R$ 4,7 mil. Este foi o resultado do golpe aplicado por estelionatários no Centro Sócio Educativo Nossa Senhora das Graças e na residências das irmãs em Chapadão do Sul, na última segunda-feira. O mesmo artifício foi usado no ano passado para extorquir R$ 5 mil de um casal que caiu na lábia dos malandros na área central da cidade. O número de vítimas pode ser ainda maior porque nem todos registram ocorrência policial. Eles tentaram aplicar o mesmo golpe na APAE.
Dois homens e uma mulher chegaram na residência das irmãs, na rua Quatorze. Propuseram a dedetização e depois seguiram para Centro Sócio Educativo, onde disseram que foram mandados pela religiosa que estava na casa. Como o litro do produto milagroso custava apenas R$ 93,00 e eles tinham sido recomendados não foi feita nenhum contestação. Jogaram uma água nos cantos e em questão de minutos o serviço tinha sido realizado.
Somente na hora do pagamento as religiosas ficaram sabendo que o preço para se livrar das baratas e outras pragas seria R$ 4,7 mil. Foi pago R$ 1º9 em cheque, descontado imediatamente, e o restante em espécie. As irmãs receberam uma nota fiscal de uma empresa de Maceió (AL), em nome de Benedita Inácia da Costa ME. O mais constrangedor está no fato de nenhuma barata ter morrido até o momento.
Em agosto de 201º a Polícia Militar de Chapadão do Sul chegou a alertar os moradoras sobre a presença de dois homens numa Hilux preta que chegam às residências propondo serviço de dedetização. Eles possuem sotaque nordestino e são fluentes na comunicação. Um empresário se sentiu lesado após autorizar a dedetização de um galpão em sua propriedade por R$ 82000 o litro. No final do serviço o preço ficou em R$ 5 mil.
Desconfiado, o proprietário do galpão solicitou uma nota fiscal sem desconfiar que era falsa. Ele buscou informações no Google sobre o nome do documento e descobriu citações do nome pesquisado com ações praticadas pelo crime organizado em presídios no Brasil. Preocupado ele procurou a Polícia Militar para detalhar o fato.
GOLPES recorrentes em Chapadão do Sul
CELULAR CLONADO – Ao receber um telefonema como sendo da sua ou de qualquer outra operadora de telefonia celular, não forneça dados pessoais ou digite quaisquer números sem antes ter plena certeza que a solicitação é proveniente da referenciada operadora.
BILHETE PREMIADO – Evite conversar com estranhos na via pública. Por mais ignorante que seja, ninguém vende um bilhete premiado de loteria levando desvantagem. Antes de “fechar o negócio”, leve o bilhete e a listagem até uma agência da Caixa Econômica Federal para conferência.
CARTãO TROCADO – Nunca peça ou aceite ajuda de desconhecidos que se encontram junto dos caixas eletrônicos. Caso tenha dificuldades em realizar a operação, chame um funcionário do banco. Observe sempre, após encerrar a operação, se o cartão que tem em mãos de fato é seu.
APOSENTADOS – Os golpistas ligam de Brasília, com diversos dados como o telefone e endereço atualizado, CPF (Cadastro de Pessoa Fìsica) e até mesmo dados bancários. Com dados da vítima, que é aposentada, o suposto advogado diz que a beneficiada poderia receber um benefício bem maior referente ao contrato do Plano Verão. Para isso ela teria que fazer um depósito de R$ 989, 69 a título de valor de autenticação em uma casa lotérica.
FALSA BENZEDEIRA – Presa em Minas gerais falsa benzedeira que pode ter aplicado golpes em Chapadão do Sul. Valdirene de Fátima Mendonça (39), conhecida como Irene, foi presa em Turmalina, Minas Gerais por estelionato. No início do ano Irene aplicou um golpe no município de Nova Xavantina (MT), levando mais de R$ 20 mil de um idoso de 83 anos. Ele caiu na conversa da estelionatária, deixando o dinheiro ser benzido. As cédulas foram trocadas por papel. Segundo fontes policiais de Chapadão do Sul golpistas disfarçadas de ciganas ou usando outros truques agem constantemente no município.
PORTUGUêS ENSABOADO – Golpista português fez duas vítimas em Chapadão do Sul com produtos de grife falsificados. O posto Itambé foi o cenário escolhido por um famoso nó cego acostumado em explorar pessoas bem sucedidas através do Golpe do Português. Barba bem feita, boa aparência, acompanhado pela esposa e o filho pequeno num carro novo são os cartões de visita que facilitam a aproximação com as futuras vítimas.
Apresentando-se como representante comercial de volta para casa ele propôs uma liquidação de produtos de marcas conhecidas a preços e condições tentadoras. A esposa do empresário descobriu o golpe cerca de três horas após o negócio ter sido feito, incluindo a elaboração de um TED (Transferência Eletrônica Disponível) de R$ 3,5 mil e a antecipação de R$ 500,00 em dinheiro porque o golpista não aceitava cheques. INFORMAçõES sobre o golpista podem ser dadas na Polícia Militar (12) ou Polícia Civil (35620200)
