Os conflitos internos, com cada grupo defendendo posição diferente na sucessão estadual, mostra a falta de comando do PMDB em Mato Grosso do Sul. Hoje, o partido está com vários líderes em ascensão, mas sem o controle, porque o governador André Puccinelli (PMDB) não pretende mais dar a palavra final nas decisões políticas do PMDB, segundo reportagem na edição de hoje (08) do jornal Correio do Estado.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), provocou polêmica no partido em declarar apoio à pré-candidatura do senador Delcídio do Amaral (PT) ao governo estadual, em 201º, e chamou Trad Filho de ?garoto mimado?.
As declarações de Jerson repercutiram até fora do PMDB. Líderes do PT não acreditam em candidatura própria do PMDB. Eles apostam na aliança entre os dois partidos para a eleição de Delcídio. Segundo a reportagem de Adilson Trindade e Tavane Ferraresi, o presidente regional do PMDB, deputado Junior Mochi, mostrou-se preocupado com os efeitos das declarações de Jerson.
Ele sempre foi um defensor da indicação do ex-prefeito de Campo Grande para a sucessão estadual. O seu vice, Esacheu Nascimento, tem posição divergente. Ele prefere a escolha da vice-governadora Simone Tebet para disputar o governo estadual.
Outra liderança do PMDB, o deputado federal Fabio Trad, saiu em defesa do irmão Trad Filho. Para ele, Jerson tomou atitude sem ética e de ingratidão. E defendeu os atuais líderes para que não se acorvardem nos próximos desafios do cenário político.