Chapadão do Sul/MS

Drogas na zona rural acenderam “luz vermelha” em Chapadão do Sul. Vereadores estão na Capital em busca de soluções

A repercussão negativa da reportagem sobre o tráfico de drogas na zona rural de Chapadão do Sul atingiu todos os setores da sociedade como um sinal de alerta. Na Câmara de Vereadores a situação não foi diferente e causou alterações na agenda de Sônia Maran, Elton Silva e Rosemari Cruz. Eles estão em Campo Grande para um ?Congresso de Vereadores? e deverão permanecer na Capital na sexta-feira, caso Charles Sturmer o Secretário Adjunto de Governo de Chapadão do Sul consiga uma agenda com o Secretário de Estado de Segurança Pública, Wantuir Jacini. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) também solicitou ações emergenciais dos órgãos de segurança

Sônia Maran também alertou a cúpula do Poder Executivo Municipal – inclusive o prefeito Luiz Felipe Magalhães – sobre a dimensão do problema até então ignorado pela população sul-chapandense. Segundo ela, a zona rural deverá ser imediatamente incluída no mapa da segurança pública municipal e estadual para conter o avanço da droga e seus malefícios entre jovens e adultos. A parlamentar também confirmou que milhares de usuários estão usando as redes sociais para cobrar ações dos Poderes.

Diante da gravidade da situação a missão parlamentar dos três vereadores ganhou uma conotação emergencial causada pela repercussão da reportagem da Rede Globo. às 1º horas (Oficial) da manhã de hoje Charles Sturmer ainda não tinha conseguido contato com Wantuir Jacini. O drama retratado pelas pessoas ouvidas pela reportagem também causou mal estar em Paraíso das águas, onde está localizado o Assentamento Mateira, local de uma entrevista dramática.

O assentamento – hoje ? pertence a Paraíso das águas após a redivisão geográfica da região quando Chapadão do Sul cedeu área considerável para garantir a emancipação do então Distrito de Costa Rica. Uma mulher que não quis se identificar disse que não viu a equipe de jornalismo da Rede Globo se deslocar pelas vicinais. Ela admitiu que o problema existe e recebe como única atenção o ?silêncio? da comunidade.

Enquanto aguardam Charles Sturmer tentar agendar uma entrevista com o secretário de Segurança os três vereadores acompanham a palestra do Dr. Alexandre Bastos sobre ?Sistema de controle das contas públicas. Atribuições constitucionais do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas?

FETAGRI – A vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), Sandra Maria Costa Soares, justifica que não tinha conhecimento do problema, para pedir providências. “Vamos tomar os encaminhamentos necessários para que a gente chegue às autoridades de segurança pública. Já foi discutido um pedido de policiamento diferenciado e estamos em negociação”, diz Sandra.

De acordo com a Fetagri, a situação é mais complicada nos assentamentos próximos da fronteira, nos municípios de Ponta Porã e Corumbá, e na zona rural de Sidrolândia e Jaraguari, por conta da proximidade com a capital, Campo Grande. A entidade informou que já pediu ao governo do estado um policiamento diferenciado nessas regiões.

Um dos motivos para o avanço do crack nas lavouras, de acordo com o Conselho Estadual Antidrogas, é a banalização do uso. Para o presidente do conselho, Sérgio Harfouche, é preciso punição aos usuários. “O dependente químico do crack não quer se tratar. é preciso que o tratamento seja involuntário ou compulsório. Também precisamos lidar com a questão do tráfico de forma diferenciada”, diz.

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