Boates destinadas à prostituição continuam operando sem alvarás e outros documentos necessários para o funcionamento de estabelecimentos comerciais em Chapadão do Sul. A constatação foi feita ontem após a apreensão de dois menores no interior da casa noturna ?Maria Bonita?, localizada na rua Vinte e Sete, na esquina com a Avenida Dois. A Polícia Militar faz batidas frequentes nestes locais, apontados como propícios ao tráfico de drogas e ao favorecimento à prostituição.
O gerente da ?Maria Bonita?, Vicente Alves da Silva, admitiu que a casa não tem alvará, o que foi confirmado pelo proprietário (Chiquinho). Ele disse que os menores já estavam no local quando ele chegou. Garantiu que eles estavam, de saída quando a guarnição comandada pelo sargento Robson chegou de surpresa. O estabelecimento comercializa bebidas e recebe pelo aluguel dos quartos reservados aos programas sexuais.
Cerca de oito mulheres se prostituem na Maria Bonita. Elas usam os quartos existentes no local para receber os parceiros. Acertam um valor que varia de R$ 50,00 a R$ 12,00. O parceiro também paga o quarto. Segundo o proprietário da boate todos os estabelecimentos do ramo em Chapadão do Sul aguardam autorização de funcionamento.
Já os dois menores estavam acompanhados por um servente de pedreiro. Eles inventaram várias histórias para justificar a presença num local proibido.
Em 201º o funcionamento de boates em Chapadão do Sul foi alvo de polêmica que envolveu o Ministério Público, a prefeitura e a opinião pública. A administração anterior levou o assunto com a barriga e não se manifestou sobre a liberação dos cobiçados alvarás. O pepino ficou para esta gestão que deverá se pronunciar.
Boates e profissionais do sexo são partes do cenário todas as cidades brasileiras. Chapadão do Sul ainda tem a peculiaridade de receber centenas de homens do nordeste em busca de trabalho. A maioria vem sozinho e ficam sem um local permitido de diversão e justificam esta peculiaridade para a existência de boates.
