“Vergonha” pode ser umas das palavras mais adequadas para definir a falta de qualidade num considerável trecho da BR-060 entre Camapuã e Paraíso das Águas. Buracos que aumentam perigosamente após cada chuva tornam perigosas as viagens a Campo Grande. É comum ver famílias no acostamento com os carros quebrados e caminhões fazendo zig-zag para escapar da buraqueira. Alguns não voltam para suas casas e morrem pelo caminho. Um empresário de Chapadão do Sul fotografou e produziu um vídeo mostrando a dificuldade de direção onde o acostamento tornou-se mais seguro que a própria rodovia.
Claro que este cenário não é nenhuma novidade porque todos os anos a situação se repete. Em agosto deste ano os cerca de 200 quilômetros que separam Goiânia de Brasília da BR-060 foram a leilão. O trecho já está duplicado e tido como uma espécie de filé mignon do ponto de vista de investimentos necessários. Mas e o restante como aquele que corta parte do MS? Este exige investimentos vultosos e não interessa à iniciativa privada. O cidadão que espere um tapa buracos do Governo Federal ou outras parcerias em caráter emergencial.
O sentimento dos motoristas pagadores de impostos é de impotência. Também é inconcebível que o Governo do Estado não tome providências para proteger a vida de seus cidadãos. Em discussões recentes foi dito que a obra é federal, mas esqueceram que as pessoas que morrem são “estaduais e municipais”. Falta representatividade e respeito com os cidadãos que “custeiam” a estrutura do um País e acabam relegados ao segundo plano na contrapartida em serviços.
Viajar nesta estrada, principalmente no período noturno, é muito perigoso porque o trecho entre a Cooper e Camapuã está intransitável. Passou da hora das autoridades de Costa Rica, Chapadão do Sul, Paraíso das Águas e Cassilândia se mobilizarem na busca de uma solução conjunta que proteja seus cidadãos.