Chapadão do Sul/MS

VENDA direta de etanol aos postos de Chapadão do Sul e região começa e ser discutida entre IACO e Sefaz

         O superintendente da Iaco Agrícola, Edson Rocha, representou a empresa na primeira reunião com representantes da área econômico  do Governo de MS para regulamentar a venda direta de etanol aos postos de combustíveis de Chapadão do Sul e região. Há cerca de dois meses o Governo Federal postou Medida Provisória   autorizando esta modalidade de comercialização. Dispensa a intermediação de empresas distribuidoras, antes obrigatória, e passa a ser facultativa, incentivando novos arranjos de negócios. Tradicionalmente a álcool produzido pela usina ia para São Paulo e voltava com novos preços e tributos. Os consumidores aguardam a baixa considerável de preço com o abastecimento direto nos postos. (Foto / Arquivo)

Edson Rocha reuni-se com o secretário Jaime Verruck, Luiz Ricardo Coutinho e Werner Semmelroth na primeira rodada de negociações que trata sobre as  mudanças na tributação de etanol no contexto da venda direta. Verruk adiantou que o assunto está na pauta como prioridade  na agenda do Governo do Estado e sendo analisado pela SEMAGRO e SEFAZ. Um novo encontro – já com as definições das operações –  deverá ser realizado na próxima semana.     

 A Usina Iaco Agrícola é pioneira na produção do combustível na região e comercializava o produto segundo as regras do mercados estabelecidas pela União com entrega nas revendas. Com a nova modalidade os negócios serão diretos com os donos de postos com tendência de baixa no preço do frete e no produto. A usina vai praticar o preço estabelecido pelo estado. Foi a melhor notícia para aos consumidores porque o etanol poderá tornar-se  importante substituto da gasolina.

O assunto  não é novo e vinha sendo discutido desde o ano passado. Faltava sair do papel e finalmente dar um alento ao orçamento dos trabalhadores que usam carros para os deslocamentos diários. Além do importante papel histórico do complexo industrial da Usina Iaco em MS, a empresa já socorreu emergencialmente as populações de Chapadão do Sul / Paraíso das Águas e Costa Rica durante a greve dos caminhoneiros em 2018.   

A MP, que trata de aspectos regulatórios e tributários da comercialização de etanol, também flexibiliza a fidelidade à bandeira, ou seja, permite que postos que exibem determinada marca comercial revendam combustíveis de outros distribuidores. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o novo modelo de revenda é facultativo, e os contratos em vigor devem ser respeitados.

O objetivo do governo é propiciar mais eficiência logística para o setor. A medida está alinhada aos princípios da política energética nacional e promove a abertura do mercado e o aumento da concorrência, com potencial redução dos preços dos combustíveis, trazendo benefícios importantes para o consumidor final.

Aspectos tributários

Em nota, a Presidência da República explicou que, para não haver renúncia de receitas, o texto da prevê que as alíquotas aplicáveis à venda direta de etanol serão aquelas decorrentes da soma das alíquotas atualmente previstas para o produtor ou importador com aquelas que seriam aplicáveis ao distribuidor, conforme a Lei 9.718/98.   

A MP entrou em vigor no quarto mês após a publicação no Diário Oficial da União. Segundo a Presidência, o prazo visa propiciar aos estados tempo suficiente para adequação à mudança proposta para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual. O prazo também atende ao princípio da anterioridade nonagesimal, que determina que o Fisco só pode exigir um tributo instituído ou aumentado após 90 dias da data em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou.  

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também