Qual a relação do astro brasileiro do basquete Oscar “Mão Santa” com o agronegócio em Chapadão do Sul ou em MS? Seria lógico dizer que absolutamente nada, mas as palavras “desafio”, “perseverença” e “coragem” associam com muita intensidade o ex-atleta com o produtor rural que acorda cedo, planta e cria gado num cenário – às vezes – marcado pela incerteza do amanhã. Mão Santa foi um dos palestrantes no lançamento do “Senar/MS ESG” nesta sexta-feira, em Campo Grande. Foi um dia dedicado ao conhecimento entre autoridades, colaboradores do Sistema Famasul, Sindicatos Rurais de Mato Grosso do Sul, técnicos e instrutores de campo e demais prestadores de serviços.
O presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul (Beto Simaro) foi o facilitador da cobertura de hoje com o envio de fotos em tempo real dos fatos mais importantes do evento. A última imagem foi de Oscar Sshmidt (Mão Santa) e principal protagonista da vitória do Brasil contra o Poderoso Estados Unidos nos jogos Pan Americanos de 1987. Foi o auge da fama porque os EUA nunca tinham perdido em casa. Depois disso quebrou o fêmur e usou todo seu poder de superação para vencer duas operações para remover um câncer na cabeça.

Um cara com este currículo é um vencedor. Os agentes que atuam no agronegócio também tem este perfil porque nenhum dia é igual ao outro na lavoura ou nos campos de criação. A superação é diária, perene e constante. Sua palestra tem o tema “Como tornar o impossível, possível” que passa a mensagem de como obter sucesso na vida, com cinco valores essenciais: visão, decisão, time, obstinação e paixão. Claro que a plateia vai rir muito com suas piadas de improviso.
O primeiro entrave foi um acidente grave na tíbia e três meses sem encostar o pé no chão e um ano sem jogar. Nessa fase o melhor time que teve foi a família que o ajudou no pior momento da carreira. A seguir foi submetido duas cirurgias na cabeça para remover um tumor maligno.. O “Mão Santa” é uma pessoa que entende de desafios na vida e como superá-los.
Ela gosta de contar a história de obstinação do time de basquete da periferia de Ponta Porã que construiu – na base da enxada – uma quadra em terreno de areia para treinar e nessas condições conseguiram ser tri-campeões estaduais. Motivado pela história dos garotos ele destinou parte da verba da venda do seu livro “Dom? Talento? Balela…” para ajudar a construir um ginásio para o grupo. “Como esses meninos, temos a obrigação de fazer algo grande na vida. Eles construíram essa história, sem dinheiro e sem poder. Isso mostra que qualquer um pode ser o que quiser”, finalizou.
