Chapadão do Sul/MS

PMs integravam esquema de agiotagem que movimentou mais de R$ 73 milhões em 5 estados. Chapadão do Sul teve prisões, mas sem policiais envolvidos


O Gaeco – RO (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) de Rondônia deflagrou na sexta-feira (7) a operação “Soldados da Usura” que mira esquema de agiotagem que movimentou mais de R$ 73 milhões. Entre os integrantes da quadrilha estavam policiais militares que foram alvos de mandados de prisão e busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre, São Paulo e Goiás.. Chapadão do Sul foi a cidade de MS onde foram realizados vários Mandados de Busca e Apreensões. Em contato com a Assessoria de comunicação da PM da 4ª CIPM, essa descartou a participação de PMs de sua jurisdição neste caso. Somente no Ceará três policiais militares, um ex-vereador, a mulher dele, uma empresária do ramo de combustíveis e um segurança foram presos por suspeita de crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro. 

De acordo com o MPRO, ao todo foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e mais 42 de busca e apreensão em Chapadão do Sul, cidade a 331 quilômetros de Campo Grande, São Paulo (SP), Coqueiros e Porto Velho (RO), Goiânia (GO), Cuiabá e Diamantino (MT) e Rio Branco (AC). Não há detalhes de quantas ordens judiciais e quais são os alvos em MS.

No entanto, segundo divulgado, a investigação começou a Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Rondônia que encaminhou cópias das sindicâncias instauradas contra os servidores com os indícios dos crimes de usura e extorsão. O Ministério Público daquele estado deu início às apurações e conseguiu identificação uma organização criminosa que praticava a agiotagem constituída por diversas pessoas com diferentes funções estabelecidas.

Das 17 pessoas investigadas por participação no esquema, seis são policiais de Rondônia, três deles foram presos preventivamente, mas não tiveram os nomes divulgados. Os outros seis alvos de prisão preventiva também foram encontrados. Na ação foram apreendidas armas, documentos, munições e outros objetos.

Entre as atribuições, estavam a de captar “clientes” para fazer os empréstimos com juros ilegais e as cobranças com uso de violência e grave ameaça, inclusive com uso de arma de fogo. O grupo também retirava a força os bens ou valores das vítimas que. Em seguida, os criminosos usavam empresas fantasmas em nome de laranjas para lavar todo o dinheiro movimentado pela quadrilha.

Conforme a investigação, o grupo chegou a comprar veículos, imóveis e até construiu uma draga para extração de ouro no Rio Madeira, que faz parte da bacia do Rio Amazonas. Hoje também foram cumpridas outras medidas judiciais como o sequestro de valores e bens que totalizou R$ 73.665.246,00.

A ação contou com mais de 200 agentes dos Ministérios Públicos do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Rondônia. Policiais militares e civis do estado de onde a operação originou, bem como policiais civis de São Paulo e Goiás e teve como objetivo desmantelar a organização criminosa que praticou empréstimos ilegais (agiotagem), extorsão, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica e outros crimes que ainda são apurados

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