Uma entrevista coletiva estava marcada pela Polícia Civil de Chapadão do Sul na manhã de hoje dar informações mais precisas sobre este caso. O corpo de morador de Paraíso das Águas, Mário Lima (33), chegou a ser procurado nas águas violentas dos rios Sucuriu e Verde após um homem preso em Rochedo ter confessado à Justiça o seu assassinado. A família estava desesperada e fazendo buscas após o suposto autor do crime ter sido preso por assumir a morte e descartar o corpo na Ponte da Serrinha, há duas semanas. Para surpresa de todos o “morto” chegou de ônibus no Distrito de Nova Alvorada Cooper ontem.
A entrevista em primeira mão sobre o caso foi feita pelo jornalista Fernando de Brito (BNC News) com o irmão de Mário Lima que também não está entendendo exatamente o que aconteceu. O corpo de Lima “estaria” submerso desde o dia 29 de maio no Sucuriu ou o Verde. Geraldo Lima, irmão do homem dado como morto, fazia buscas no local quando recebeu uma ligação da irmã sobre a chegada do “morto” num ônibus de linha estadual “vivinho da Silva”.
A Polícia Civil também foi informada sobre o caso e levou Mário Lima para a delegacia e confrontar com as declarações do homem que assumiu o seu “assassinato” perante a justiça. Esta ocorrência envolveu o Corpo de Bombeiros que fez buscas, as polícias Militar e Civil, a imprensa e os familiares que já faziam os preparativos de sepultamento.
Apesar de Mário Lima ter “ressuscitado” João Carlos Colman de Freitas (37), autor do confesso do falso homicídio, segue preso como suspeito da morte de José Augusto Castro da Silva (44), cujo corpo foi encontrado submerso dentro do rio São João, no Assentamento Canaã, em Rochedo, há 290 km de Paraíso das Água. Os três estavam juntos na diversão com garotas de programa que começou em Paraiso das Águas e terminou com um carro dentro do rio e uma pessoa morta. O caso lembra o enredo de um filme.
A Policia Civil trabalhou bem e chegou a João Carlos, também conhecido por “João Mentira”, que assumiu o suposto homicídio de Mário Lima. Ninguém imaginaria que a vítima chegaria de ônibus em casa na noite de ontem, mudando totalmente a linha de investigação. A bebedeira em boates acabou dando errado porque uma pessoa realmente morreu na noitada.
Os três homens decidiram se divertir em boates. Depois de beberem em Paraiso das Águas foram para Camapuã em busca de outras opções. Voltaram a Paraiso das Águas e decidiram viajar para Campo Grande. Mário Lima (tido como morto) teria ficado na Capital. João Carlos Colman de Freitas (37) e José Augusto Castro da Silva (44) seguiram para Rochedo onde possuem parentes.
João Carlos não tem CNH, mas estava ao volante quando o carro sofreu um acidente e caiu da ponte sobre o Rio São João em Rochedo. Saiu de local e voltou para casa como se nada tivesse acontecido, deixando para trás o parceiro. A Policia Civil de Paraiso das Águas foi informada sobre o acidente, se dirigiu ao local e prendeu João Carlos em flagrante. Como ele assumiu o “homicídio” de Mário Lima com uma história mirabolante, marcada pela riqueza de detalhes, o caso foi dado como esclarecido.
O resultado da acareação entre o “morto que está vivo” e o “homicida que não matou” será conhecido hoje.