Chapadão do Sul/MS

MASSACRE EM SC – As escolas de MS são seguras? Projeções de especialistas indicam que não

           A disseminação da violência em escolas através de planos macabros elaborados na internet não chega a ser novidade no Brasil. Vários estabelecimentos já foram atacados com as mortes de professores, alunos e funcionários por fanáticos ideológicos, racistas ou com problemas psicológicos. Sempre que uma tragédia acontece como a morte de quatro crianças numa creche em Santa Catarina a sociedade busca explicações, mas as medidas de prevenção seguem no campo da especulação. Em Campo Grande – em momento de fúria – um adolescente fez menção de estar armado dentro de sala de aula. Assustados, estudantes avisaram os pais pelo celular e começou uma  “chuva” de ligações para a emergência da Polícia Militar.

No segundo chamado do dia por ameaça de “atentado” em escola da Capital, a reportagem do Campo Grande News topou com o sargento Richardson Melo Duchini. Integrante de equipe da polícia comunitária da região sul da Capital, ele está acostumado a ser chamado para esse tipo de ocorrência. É também palestrante e não economiza na exposição dos “maus exemplos” na hora de “puxar a orelha” da gurizada.

Duchini carregava na mochila três canivetes, um soco inglês e uma arma falsa, material que apreendeu em escolas desde que começou a ser requisitado para dar os “sermões” na galerinha. Na quarta-feira (5) esteve no Bairro Aero Rancho, onde um trote causou pânico, principalmente depois do que o Brasil testemunhou, horas antes, o massacre em uma creche em Santa Catarina.

Durante a tarde, em momento de fúria, adolescente fez menção de estar armado dentro de sala de aula. Assustados, alguns dos estudantes avisaram os pais pelo celular e foi então que começou a chuva de ligações para a emergência da Polícia Militar.

O caso seria encaminhado para a Semed (Secretaria Municipal de Educação), para que providência administrativa fosse tomada.  “Faz parte do policiamento comunitário. A gente atende algumas escolas dando palestras e esses chamados, com bastante frequência. Acontece também de um aluno ameaçar o outro, brigas e somos acionados para apaziguar”, explicou o sargento.

Duchini mostra o material apreendido nas palestras como forma de sanar a curiosidade dos adolescentes, mas também para explicar, firmemente, que determinadas atitudes podem gerar graves consequência. Afinal, escola é lugar de lápis, caderno e livro.

Primeira ocorrência – Horas antes, pela manhã, após aviso de massacre pichado no banheiro masculino, alunos da Escola Estadual Blanche Dos Santos Pereira, no Bairro Tijuca, também no sul de Campo Grande, alunos tiveram as mochilas e os pertences revistados pela equipe da Ronda Escolar da Polícia Militar. Quatro policiais participaram da ação. Nada de irregular foi encontrado. O autor da ameaça ainda não foi identificado.

O policial militar Amarildo Santa Cruz, coordenador operacional da Ronda Escolar em Mato Grosso do Sul, comentou que, somente nesta semana, as equipes atenderam quatro denúncias de chacina em escolas, tanto estaduais quanto municipais. Os relatos são os mesmos, de avisos que são pichados nos banheiros. “Cada escola tem o seu perfil de abordagem em situações como essa. É necessária a ronda escolar justamente para tranquilizar os pais, que ficam apavorados e sem saber como agir”, disse. (Redação e campograndenews.com.br)

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