Chapadão do Sul/MS

MAPA determina recolhimento de petiscos suspeitos de intoxicar e matar cães em vários estados

      O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) determinou que a Bassar Pet Food recolha todos os lotes de duas linhas de petiscos para animais da marca vendidos pelo Brasil. O caso foi revelado pela Record TV Minas. Os petiscos em investigação são Every Day sabor fígado (lote 3554) e o Dental Care (lote 3467). “O recolhimento dos produtos deve ser feito pela empresa e devem ficam apreendidos nos armazéns próprios”, informou o Mapa em nota.

A decisão aconteceu após a polícia começar a investigar se os alimentos causaram a morte de ao menos nove cães em Minas Gerais e São Paulo. Um laudo da Polícia Civil indicou a presença de monoetilenoglicol em um dos produtos.

A substância é um anticongelante tradicionalmente usado em algumas fábricas em processo de resfriamento. O produto é tóxico à saúde e pode levar à morte. Ele é um dos dois elementos que também contaminaram cervejas da marca mineira Backer, em 2020, causando ao menos dez óbitos.

Onde estão os casos

De acordo com a delegada Danúbia Quadros, das nove mortes, oito aconteceram em Minas Gerais (sete em Belo Horizonte e uma em Piumhi). A nona foi em São Paulo. Em Minas Gerais, a Polícia Civil foi notificada sobre outros oito cães que também passaram mal e sobreviveram.

Ainda segundo Danúbia Quadros, a corporação foi informada que moradores de outros sete estados e do Distrito Federal também têm cães com suspeita de intoxicação. A lista inclui: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Sergipe e Goiás.

Sintomas

Os tutores dos animais relataram sintomas parecidos. São eles: convulsões, diarreia, vômito e prostração. Todos eles são cães de pequeno porte.

Um laudo inicial da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) apontou que alguns dos animais de Belo Horizonte tiveram comprometimento renal.

O exame realizado pelos pesquisadores da universidade também apontou que o material encontrado no organismo dos cachorros indica possível intoxicação por monoetilenoglicol, também conhecido como etilenoglicol.

Resposta

Em nota, a Bassar Pet Food declarou que nunca usou etilenoglicol na fábrica. “Utilizamos apenas o propilenoglicol, um aditivo alimentar presente em alimentos para humanos e animais em todo o mundo. Reforçamos que o propilenoglicol utilizado pela Bassar em seus produtos é adquirido de fornecedores qualificados e renomados, os quais não fornecem somente para Bassar e sim para inúmeras indústrias no ramo alimentar para humanos e animais”, pontuou.

A empresa ainda declarou que é a “maior interessada” no esclarecimento do caso e que tem sido solidária aos tutores dos pets, consumidores e parceiros.

“Nossa fábrica foi inspecionada por mais de uma vez nos últimos dias por funcionários do Ministério da Agricultura, que atestaram que a planta atende a todos as normas de segurança alimentar e de produção. Os laudos do MAPA comprovam, ainda, que não há contaminação na linha de produção”, concluiu.

Os consumidores que tiverem dúvidas podem acionar a empresa pelo e-mail [email protected].

(Fonte conteudoms.com.br)

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