Chapadão do Sul/MS

LIBERAÇÃO do corpo de Jean para atos fúnebres demorou dois dias. Falta de IML aumenta sofrimento e revolta familiares

     O depoimento dramático da irmã de Jean Carlos Alves Coimbra, o homem assassinado com uma facada no banheiro de uma conveniência no domingo, em  Chapadão do Sul, reabre a discussão da necessidade de um IML (Instituto Médico Legal) no município ou em Costa Rica, cidade vizinha e mais próxima em relação a Paranaíba onde fica localizado o IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal) num percurso de 400 km (ida e volta). O áudio da irmã de Jean é comovente porque a família está destruída pela perda e ainda teve que aguardar dois dias para o enterro. Logo após o crime – domingo – o corpo foi transladado para necropsia e somente na terça-feira foi enterrado. Até quando as famílias que perdem seus entes serão submetidas este sofrimento adicional?

Ela procurou a imprensa para cobrar das autoridades competentes uma solução que livre outras famílias deste drama. Além da demora que parece infinita os familiares recebem um corpo congelado que já deveria ter sido sepultado pelo menos um dia antes. Este é o cenário de mortes trágicas nas cidades de Chapadão do Sul / Costa Rica e Paraíso das Água enquanto uma mobilização política não for realizada junto ao Governo do Estado por prefeitos e vereadores destes municípios. A instalação do serviço de IML em regime de parceria diminuiria custos, viagens longas de agentes funerários e daria mais agilidade no sepultamento destas pessoas.

Neste caso da morte brutal de Jean Carlos Alves Coimbra ainda circula um vídeo pelo whatsapp com imagens captadas dentro da conveniência que mostra ele caindo no chão do banheiro da conveniência logo após levar a facada mortal. Cambaleou e caiu morto entre as mesas. O vídeo causa mais um sofrimento à família que acompanha seus os últimos momentos com vida e o homem que deu as facadas saindo tranquilamente da cena do crime. Ele  está preso na Delegacia de Polícia Civil de Chapadão do Sul à disposição da Justiça.   

Somente neste ano três sepultamentos de mortes trágicas foram marcados pela demora na liberação dos corpos. Os familiares do idoso atropelado por um caminhão na Avenida Mato Grosso do Sul, do jovem que se afogou no rio Indaiá e agora de Jean Carlos Alves Coimbra sabem o tamanho da dor devido à morosidade na liberação de corpos.  

Até mesmo agentes funerários reclamam da distância e da falta de estrutura do  IMOL de Paranaíba.  Ficam sob o sol e chuva pela falta de uma cobertura de estacionamento. Os médicos que atendem no IMOL  dão plantão no  hospital local e nem sempre estão disponíveis para a liberação dos corpos e perícia. Em alguns finais de semana a demanda de corpos aumenta devido à mortes trágicas e afeta a liberação para os atos fúnebres. (Reprodução de imagem autorizada pela família)  

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também