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Em outubro de 2022, durante o segundo turno da disputa pelo Governo do Estado, o prefeito de Chapadão do Sul, Walter Schlatter, reuniu-se com o então candidato Eduardo Riedel que pediu apoio no município e na região. Entre os compromissos assumidos estava o fim da “Paridade de Exportação” que afetava o agronegócio no município e região. Hoje Riedel decretou o fim da paridade e cumpriu a palavra dada em 2022. Antes disso esta luta foi uma das bandeiras de Walter Schlatter na defesa dos interesses do setor produtivo. Há cerca de dez anos atua de forma empresarial e política para acabar o regime especial de tributação dos grãos (soja e milho).
Na ocasião Walter Schllater atuava como Executivo do Grupo Schlatter e dirigente da Ampasul (Associação sul-mato-grossense de Produtores de Algodão de Mato Grosso do Sul). As projeções na época eram benefícios aos grandes produtores de soja e milho e representaria uma receita adicional de milhões injetados no comércio de Chapadão do Sul e as demais cidades contempladas da região.
A Paridade de Exportação onerava a classe produtiva. A região representava cerca de 10% do soja e milho plantados em MS. Sem a Paridade de Exportação haverá ganho na comercialização de soja e milho.
As vendas para o mercado internacional eram limitadas a 50%, o restante deveria vender tributado pelo ICMS. Como a região de Chapadão do Sul não tem indústria, as trades não bancam o ICMS quando as exportações excedem a 50%, descontando parte deste custo do Produtor. A aptidão da região é de exportação com ferrovia de bitola grande direto para o Porto de Santos (SP), cerca de mil km de distância de Chapadão do Sul.
A Paridade de Exportação também é no Sul do Estado, onde há indústrias de beneficiamento. Não é o caso de Chapadão do Sul e Região e tirava a competitividade comercial do produto no mercado. Agora o agro local poderá comercializar os grãos com preços mais vantajosos com receita adicional que poderá injetada nos comércios destas cidades e serviços.
Chapadão do Sul é um grande produtor de soja e milho juntamente com Cassilândia, Paraíso das Águas, Costa Rica, Alcinópolis e Figueirão. A extinção da Paridade de Exportação também representa o aquecimento do comércio com o aumento da circulação de riqueza, geração de mais empregos e a possibilidade de atração de indústrias de etanol de milho e uma esmagadora de soja futuramente.
O seu fim vem ao encontro dos interesses do agronegócio e da cidade de modo geral. Já o governador Eduardo Riedel destacou que desde 2005 a lei da equivalência determinava que, para cada tonelada de soja ou milho exportado do país, tributava-se o equivalente para o mercado interno. “Se eu exportava uma tonelada, eu obrigatoriamente tributo a mesma tonelada independente do destino dentro do Brasil. Isso acaba distorcendo o mercado, porque era o Estado impondo um tributo para um mecanismo de comercialização”, relembra.
“De lá pra cá saímos de 3 milhões para 14 milhões de toneladas de soja. Saímos de um Estado eminentemente exportador para um estado que processo boa parte da sua produção aqui e tem um comércio interestadual muito forte. Não fazia muito mais sentido manter a lei da paridade, apesar de ser importante para garantir uma fonte de receita, nós acreditamos que essa maturidade e dinâmica do mercado vai manter a receita, não vamos perder a receita, com o fim da lei da paridade”, pontuou.