A profissão de barbeiro é uma das mais tradicionais do mundo. Apesar da tradição, perdeu espaço para os grandes e modernos salões de beleza. Atualmente são poucos estabelecimentos que mantém esse serviço. O barbeiro tradicional esteve próximo da extinção, mas começa a recuperar terreno com novas técnicas e tendências de moda e estilo no mundo
Antigamente a profissão era ensinada pelos pais. A tecnologia e a modernização dos aparelhos de barbear também contribuíram para o afastamento dos homens das barbearias. Já os novos salões trazem técnicas e tendências que atraem mais clientes. As barbearias tradicionais se tornaram obsoletas para muitos, mas a perfeição e o capricho dos antigos barbeiros é incomparável. A habilidade com as lâminas e a rapidez fazem do barbeiro uma profissão única. Chapadão do Sul ainda tem um ou outro barbeiro tradicional, mas o restante da categoria busca constantemente a atualização da profissão com novas técnicas
BARBEIROS NA HISTÓRIA
Mas a profissão de barbeiro é muito antiga. Na Grécia, as imagens utópicas das divindades mitológicas assumiam um ideal de beleza e perfeição corporal. Essa preocupação estética levou à necessidade de um espaço exclusivo e adequado para o tratamento de beleza, incluindo o capilar. Assim, surgiram os primeiros salões de beleza e a profissão de barbeiro, exclusiva do sexo masculino. Já nessa época, os barbeiros completavam os penteados com falsos cabelos.
Os homens pertencentes à nobreza e os guerreiros, apresentavam cabelos compridos, sustentados por faixas, correntes ou condecorações. Os adolescentes copiavam os penteados de Apolo e Arquimedes, enquanto os velhos e filósofos usavam cabelos longos e barbas densas, como símbolo de sabedoria. As barbas e bigodes eram cortados com ponta de lança, à imagem de uma sociedade de gladiadores.
Os escravos, que não se distinguiam dos homens livres, apresentavam cabelos curtos e lisos, não se permitindo barbas nem bigodes. Nas antigas culturas, quem pegasse na barba ou cabelo de uma pessoa, era severamente punido, pois significava um atentado à honra e uma intromissão em sua psique. Assim, a profissão de barbeiro foi associada à manutenção da saúde física do indivíduo.
A sangria era um lucrativo setor desse ofício. Nos séculos XVI e XVII, os barbeiros foram acusados de praticar a sangria despudoradamente. Só no século XIX, o oficio de médico e de cirurgião dentista foi separado da profissão de barbeiro, porém, alguns continuaram a atuar como dentista até bem pouco tempo. No século XX, surge a figura feminina nos salões de barbeiros, tanto no exercício da profissão quanto na clientela. Os salões tornaram-se unissex e parece que essa tendência veio para ficar por muito tempo.