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A história do juiz sul-chapadense Dr. Fábio Esteves, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), foi transformada em literatura infantil com o titulo “Fabinho, da roça aos tribunais”. Oriundo de família muito humilde, filho de pai analfabeto e mãe dona de casa, o magistrado foi o primeiro da família a entrar na universidade. Aos 45 anos mantém “viva” na memória experiências vivenciada quando menino na zona rural do município. Enfrentou condições adversas para estudar. Foi o pai – analfabeto – quem pediu à prefeitura para instalar uma escola na zona rural para que os três filhos tivessem acesso à educação. A solicitação foi atendida, mas o colégio era longe da casa da família, cerca de 23 quilômetros. Para não perder as aulas – aos 10 anos – ele passou a morar de favor no colégio. Dormia na sala de aula e era cuidado por duas professoras.

Esta experiência de abnegação na busca da educação é realmente um bom modelo para ser reproduzido num livro infantil. Formado em direito, ele assumiu magistratura em 2007. Em todas as entrevistas que concedeu lembrou com orgulho o passado de dificuldades. Ao assumir a magistratura em 2007 faz questão de destacar a conquista do cargo que exigiu esforço, dedicação, suor e uma dose de oportunidade.
O magistrado estudou direito na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em Paranaíba. Fábio Esteves atua como juiz instrutor no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.
“Fabinho, da roça aos tribunais”, é uma obra escrita por Claudine Bernardes e ilustrada por Alexsaymour Batista. O livro narra a trajetória de Fábio desde sua infância até alcançar a magistratura. Cresceu na zona rural de Chapadão do Sul. Quando cursou direito na UEMS, Fábio era um dos únicos dois estudantes negros em todo o campus. Em 2007, ele passou no concurso do TJDFT e tomou posse.

“O livro surgiu de um projeto no interior do Mato Grosso do Sul. Depois, foi crescendo e virou um livrinho infantil, para o ensino fundamental. Conta minha trajetória a partir da zona rural, na roça, e como que, de alguma forma, o racismo atravessou aquele contexto, até a magistratura”, detalhou Fábio à coluna Grande Angular.
Fábio Esteves é mestre em direito pela Universidade de Brasília (UnB) e está cursando doutorado em direitos humanos na Universidade de São Paulo (USP). Além de suas funções no STF, ele também dá aulas no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
A previsão é de que o livro sobre a história do magistrado seja lançado em agosto.
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