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José Alexandre Steinle Melo, de Chapadão do Sul, é um dos alunos de uma escola particular de Campo Grande que participaram do Torneio Brasil de Robótica, em Vila Velha (ES) e estão desde a última terça-feira (17) sem conseguir retornar para Mato Grosso do Sul após voos cancelados. Os pais, o empresário Danilo Melo e a professora Tânia Francini procuraram a imprensa da capital para denunciar o péssimo serviço da empresa aérea.
O grupo de 14 adolescentes com idades entre 15 e 17 anos, duas professoras e um mentor viajou para o evento no dia 12. Ao G1, a professora Dayana Siqueira Alves, que acompanha o grupo, contou que, após cancelar o voo que sairia de Vitória, a empresa remarcou a viagem para o dia 19 e alocou o grupo em um hotel nos dois dias de espera.
Na nova data agendada para o retorno, a turma chegou a embarcar no avião mas precisou descer após ser informada que a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) havia cancelado o voo devido à uma limitação de horas de trabalho da tripulação.
“Nós fomos para o aeroporto e 20 minutos depois que nós estávamos dentro da aeronave pediram para que nós desembarcássemos. Aí, naquele desespero de levar essas crianças embora, resolvemos dividir o grupo. Ontem [20] saiu um grupo de Vitória para Brasília e um outro grupo sairia de Vitória para Guarulhos. Eu fiquei responsável pelos alunos de Guarulhos. Chegando no aeroporto [de Vitória], esse voo também foi cancelado”, relata a professora.
Conforme Dayana, os alunos que estão em Vitória foram alocados em um hotel e a empresa programou o retorno para este sábado (21). Contudo, a turma que conseguiu embarcar para Brasília deverá retornar somente neste domingo (22), já que a empresa alegou ‘falta de tripulação’ para levar os adolescentes.
“E, supostamente, o voo é amanhã, porque Brasília não tem tripulação. Então, no pátio tem avião, mas não tem quem pilote o avião. E aqui [em Vitória], a gente está no aguardo ainda, esperando que não cancele mais uma vez”, comenta Dayana.
Segundo familiares, adolescentes chegaram a dormir no chão do aeroporto após cancelamento de voo.
Aflitos, os pais dos alunos estão preocupados com a situação, já que algumas autorizações de viagem para os menores de idade expiraram, conforme relata a mãe de Joé Alexandre, Tânia Francini.
“Estamos desesperados. A companhia aérea não deu assistência. As crianças chegaram a dormir no chão do aeroporto. Alguns pais estão pensando em locar uma van de Brasília até Campo Grande, para poder trazer os filhos que estão lá”, conta Tânia. Segundo ela, os pais já procuraram advogado, conselho tutelar e até a delegacia, mas não conseguiram dar encaminhamento à situação.
O g1 entrou em contato com a companhia aérea Azul mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. (redação e G1)
