O Brasil conta hoje com cerca de 10 milhões de hectares . Já o MS – antes de 2030 – deverá alcançar a casa de dois milhões de hectares plantados. A expectativa é de que 35% de toda a celulose comercializada pelo Brasil sairá de Mato Grosso do Sul. A informação é do Engenheiro Florestal, com doutorado em Ciências Florestais do Câmpus da UFMS de Chapadão do Sul, Gileno Brito de Azevedo. A cidade tem o curso de Graduação em Engenharia Florestal com diferentes experimentos com espécies florestais, incluindo o eucalipto.
Estas espécies de plantas e clones de eucalipto se adaptaram bem às condições edafoclimáticas do Brasil, não sendo diferente em Chapadão do Sul, destacou Gileno, que é coordenador do curso de Engenharia Florestal. A produtividade do eucalipto varia em função de diversos fatores, como condições do local (clima e solo), material genético, espaçamento de plantio, tratos culturais e silviculturais, dentre outros. A produtividade média nacional é de 39 m³/ha/ano.

Nos experimentos com diferentes espécies, conduzidos por professores e alunos da UFMS de Chapadão do Sul a produtividade média obtida variou de aproximadamente 30 a 60 m³/ha/ano. Considerando uma rotação de corte de sete anos, no final do ciclo, a produção esperada seria de 210 a 420 m³ de madeira. Se considerarmos o preço médio atual da madeira de eucalipto em pé no Estado Mato Grosso do Sul de R$ 138,00/m³ (preço de fevereiro de 2023 divulgado pelo FAMASUL no boletim de florestas plantadas nº29), resultaria em uma receita bruta estimada de R$ 28.980,00 a R$ 57.960,00, o que certamente seria economicamente viável para o produtor.
No entanto, a viabilidade econômica de uma plantação de eucalipto, assim como de qualquer outra cultura, depende de uma série de outros fatores como: proximidade e demanda do mercado consumidor, o uso de tecnologia adequada para implantação e condução do povoamento, custo de produção, entre outros.

A cultura do eucalipto tem se mostrado bastante rentável, o que explica a sua grande expansão em diversas regiões do Brasil, incluindo o Estado de Mato Grosso do Sul. Hoje o MS possui mais de 1,2 milhões de hectares de plantações de eucalipto e os novos investimentos anunciados recentemente têm potencializado o aumento dessas áreas. A expectativa é que antes de 2030 o MS alcance 2 milhões de hectares plantadas, tornando o segundo maior Estado brasileiro em área plantada.
No Câmpus de Chapadão do Sul tem dois experimentos com idade mais avançada! Um deles avalia o desempenho de diferentes espécies de eucalipto, conduzido pelo professor Paulo Teodoro. O outro envolve diferentes espaçamentos de plantio e arranjos espaciais, e é conduzido pela professora Ana Paula. O mais recente está sob a coordenação de Gileno e a Professora Glauce. Também implantaram experimento para avaliar o efeito do hidrogel no pegamento das mudas de eucalipto, experimento realizado há quatro meses em campo!
Chapadão do Sul tem uma ferramenta importante que pode subsidiar o crescimento do Setor Florestal no Estado que é o Curso de Graduação em Engenharia Florestal. Os egressos têm encontrado boas oportunidades de emprego nas empresas ligadas ao setor florestal, incluindo nas multinacionais líderes na produção global de papel e celulose. O mercado está aquecido e necessitando cada vez mais de profissionais qualificados nessa área.
Anualmente são ofertadas 50 vagas para o curso, que é gratuito e tem duração de cinco anos. O ingresso ocorre em editais de diferentes processos seletivos, como vestibular, SISU, Passe, entre outros. Atualmente temos 14 vagas disponíveis no edital “Quero ser UFMS 2023” (https://ingresso.ufms.br/processo/qsu/quero-ser-ufms-2023/), cujas inscrições estarão abertas até amanhã (28/02/2023).
Nesse edital poderão se inscrever candidatos que:
a) obteve pontuação no ENEM nos anos de 2018 a 2022; ou
b) realizou a prova do Vestibular UFMS 2019 a 2023; ou
c) realizou a prova do Vestibular Digital UFMS 2023; ou
d) realizou a prova da Terceira Etapa do PASSE nos triênios 2018-2020, 2019-2021 e 2020-2022.
Fonte e fotos Engenheiro Florestal, com doutorado em Ciências Florestais do Câmpus da UFMS de Chapadão do Sul, Gileno Brito de Azevedo.







