Chapadão do Sul/MS

CAMPANHA contra contra Violência Doméstica em Libras marca ações do Agosto Lilás em Chapadão do Sul

      A  secretaria de Assistência Social de Chapadão do Sul – através da comunicação – produziu uma excelente peça publicitária onde uma mulher usa a linguagem em Libras para passar uma mensagem contra a Violência Doméstica. A apresentação foi feita por Eliana Rodrigues – Intérprete da Escola Carlos Drumond de Andrade. Este foi um ponto positivo da semana, o negativo é o aumento dos casos de agressões bárbaras no município e nas demais cidades da região. Durante a semana um agressor bateu na esposa e derramou álcool no interior  da residência e ameaçou atear fogo com todos dentro do recinto, inclusive os filhos. Logo  a seguir foi perseguido pelos parentes da vítima, se entregou à PM e sofreu um infarto.

Este homem – até a manhã de ontem – seguia intubado.  Os motivos das agressões são os mais variados como drogas, álcool ou a natureza violenta de alguns homens. De concreto é o fato das mulheres apanharem sempre. Em Costa Rica – ontem – outra mulher foi agredida e ameaçada de morte. Chegou em casa bêbado e começou a enforcar a vítima na frente de sua filha de quatro anos. A vítima se livrou do autor, pegou sua filha e saiu correndo pela rua e assim permaneceu até o comparecimento da PM.     

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Durante a pandemia os casos de violência doméstica e familiar tiveram um aumento considerável. A partir dessa situação, alguns estados estão aprovando leis que obrigam síndicos e condomínios a denunciar a violência doméstica e familiar. Tem um ditado muito antigo, que diz que briga de marido e mulher não se mete a colher. Hoje, o que vemos aqui é que sim, em briga de marido e mulher se mete a colher.    

Como podemos definir o que é uma violência física?

Violência física é entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde  corporal da mulher. Temos como exemplo: espancamento, atirar objetos, sacudir e apertar os braços, estrangulamento ou enforcamento, lesões com objetos cortantes ou perfurantes, ferimentos causados por queimadura ou arma de fogo e tortura.

O que é considerado violência psicológica?

Qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima prejudica que o pleno desenvolvimento da mulher ou vise degradar ou controlar seus comportamentos crenças e decisões. Como exemplo temos ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, IMPOR PROIBIÇÕES (como estudar, trabalhar, viajar, falar com amigos e parentes), vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, exploração, limitação do direito de dirigir, ridicularização, tirar a liberdade de crença, distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre sua memória.

O que caracteriza uma violência sexual?

Qualquer atitude que constrange a mulher, manter relação sexual não desejada fazendo ameaça, imposição, ameaça, uso de força. Como exemplo temos: estupro, obrigar a mulher fazer atos sexuais que cause repulsa, impedir o uso de métodos contraceptivos,  forçar a mulher abortar, forçar casamento, gravidez e prostituição por meio da imposição, chantagem, suborno ou manipulação, limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher.

O que é violência patrimonial?

Controlar o dinheiro, deixar de pagar pensão alimentícia, destruição de documentos pessoais.  Danos e estelionato, obrigar a mulher a  se livrar de objetos, valores ou recursos econômicos; causar danos de propósito e qualquer conduta que configure retenção, diminuição, destruição em partes ou totalmente do seu objeto e instrumento de trabalho .

E a  violência moral?

É considerada qualquer ação que configure mentira, fofoca ou injúria. Como exemplos, temos: acusar a mulher de traição, emitir juízo de valores sobre a conduta da mulher,  fazer críticas mentirosas, expor a vida íntima e desvalorizar o modo de vestir da vítima.

O que predomina em nosso país  é a cultura do preconceito, temos frases típicas como “vai dirigir um tanque”, “não tem roupa para lavar?”, “vai esquentar umbigo no fogão!”

Esses tipos de insultos sempre foram considerados  naturais por  uma parte da população brasileira, mas não é natural, isso é preconceito. O preconceito contra a mulher que também é uma forma de violência.

Há como prevenir esses tipos de violência?

O que predomina em nosso país  é a cultura do preconceito, temos frases típicas tipo: mulher dirigindo; vai dirigir um tanque; não tem roupa para lavar?; vai esquentar umbigo no fogão!

Esses tipos de insultos,  sempre foram considerados  naturais por  uma parte da população brasileira, mas não é natural, isso é preconceito. O preconceito contra a mulher que também é uma forma de violência.

Os insultos e preconceitos relacionados à mulher são tão naturalizados, porque crescemos ouvindo e vendo coisas que nos fazem achar normal desvalorizar a mulher ou valorizar ela somente pelos cuidados com a casa e com os filhos.

É tão naturalizado que muitas vezes a gente até se pergunta: será que isso é violência mesmo? Será que isso é preconceito mesmo? A violência não começa com um tapa na cara , ela começa mais sutil fazendo com que a mulher acredite que ela é fraca, que sozinha ela não vai conseguir fazer nada ou que ela não tem habilidades suficientes para conduzir sua vida com autonomia.

Por isso é importante que a gente saiba identificar rapidamente os primeiros sinais de que estamos em uma situação vulnerável. Fique atenta as suas relações e também as relações das suas amigas, fortaleça os laços de amizade com aquelas que estão em um momento mais difícil, elogie suas amigas para que elas saibam da potência que tem! Converse com seus filhos, companheiro e amigos homens para que aprendam a valorizar as mulheres! Só assim, mudando a ra como pensamos sobre as mulheres, conseguiremos evitar o aumento violência contra a mulher.

Mas tem também aqueles casos em que a situação exige uma intervenção e precisam ser denunciados.

CANAIS DE DENÚNCIA:

Existem canais para denúncias, que  podem ser feitas anonimamente, ou seja, sem se identificar, usando o telefone 180.

Há também o telefone 190, sempre que soubermos de alguma situação de violência familiar ou doméstica, que esteja acontecendo no momento.

 Existe também o aplicativo Direitos Humanos Brasil, onde podem ser encaminhados vídeos em Libras para caracterizar a denúncia.

Ainda podemos ir na farmácia e fazer um X de vermelho nas mãos, que caracteriza que está sofrendo situações de violência.

Se você sabe de alguma situação de violência, denuncie. Todas as vidas das mulheres importam.

A equipe da Disop está disponível para ajudar as mulheres que se encontrem nessa situação.

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