A Polícia Militar de Paraíso das Águas foi acionada no último domingo (8) a atender ocorrência numa propriedade rural, distante cerca de 40 km, na região do distrito de Bela Alvorada, onde trabalhadores viviam em condições análogas à escravidão.
A denúncia partiu de um homem de 35, que juntamente com demais trabalhadores braçais, teriam sido contratados para trabalhar em propriedade rural na limpeza de pastos, e extração de tocos e raízes. O contratante seria um empreiteiro de Camapuã (MS).
Fora prometido aos trabalhadores o valor de R$ 100,00 a diária, alojamento e refeições. Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), ao chegarem na fazenda os trabalhadores foram acomodados em local inapropriado, barraco coberto de lona, sem condições mínimas de saneamento e acesso à água.
O único ponto de água – não potável – seria por meio de um pequeno córrego onde – segundo os operários – já removeram carcaças de animais mortos. As vítimas relaram ainda que passaram fome. Segundo eles por cinco dias receberam somente arroz branco no almoço e jantar e ovos mexidos no café da manhã.
Para formalizar a denúncia, a vítima percorreu cerca de 8 km a pé até ao distrito de Bela Alvorada, onde conseguiu contatar a Polícia Militar. O caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil que dará prosseguimento às investigações. (Fonte BNC)