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Começou ontem a Semana de Conscientização do Autista com palestra na APAE de Chapadão do Sul. O município está entre as principais cidades de MS na criação de ações voltadas aos portadores. Já no plano estadual no Dia Mundial do Autismo foi lançado no auditório do Bioparque Pantanal programa do Governo de Mato Grosso do Sul que promete ajudar a melhorar a relação da sociedade com pessoas que têm alguma deficiência oculta como o próprio TEA (Transtorno do Espectro Autista) e a paralisia cerebral.
MS Acessível será o nome da ação que, segundo o governo, é inédita no Estado e no Brasil.
Eduardo Riedel destacou que ela foi lançado para “Mato Grosso do Sul continuar se desenvolvendo sem deixar ninguém para trás” e em parceria com instituições da sociedade civil que lutam há anos para dar visibilidade “às deficiências que não têm cara e são incompreendidas” por não serem facilmente perceptíveis pela maioria das pessoas.
Medidas – Na prática, o programa prevê dar cursos a servidores públicos estaduais de todas as cidades de Mato Grosso do Sul, ensinando a atender com respeito e empatia pessoas com deficiência e seus acompanhantes em locais como o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e outras repartições que atendem ao público. Quem estiver capacitado receberá um cordão branco e poderá atendê-los com prioridade.
O que vai facilitar a identificação do grupo prioritário será o uso do cordão verde estampado com girassol, símbolo que é reconhecido mundialmente e validado em Mato Grosso do Sul por lei estadual de 2022. Outro pioneirismo foi essa legislação, acrescentou o governador. Uma lei federal instituindo a medida veio só depois, no ano seguinte.
Empresas já estão procurando o governo para capacitar seus funcionários também, mas isso só será possível após as capacitações de servidores terminarem, conforme dito no lançamento. Estão certificados 780, até o momento.
Além disso, o MS Acessível vai unir outras pastas do governo para promover ações voltadas à integração de pessoas com deficiência oculta, como explica a secretária de Cidadania. “Estamos com um projeto de turismo acessível que vai começar por Bonito, faremos mapeamento de políticas públicas [para pessoas com deficiência nos municípios], e uma ação para aprimorar inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, cita.
O governo estima que Mato Grosso do Sul tenha 9 mil habitantes com alguma deficiência oculta. O dado não é oficial, mas foi comentado hoje no Bioparque Pantanal.
Não sabia e admite – Durante discurso no lançamento, a primeira-dama admitiu que já percebeu na própria fala termos considerados preconceituosos e desconhecimento sobre como são amplas as necessidades das pessoas com deficiência.
“No primeiro evento público que participei com mães de pessoas com deficiência, vi que falei coisas erradas e achava que bastava uma rampa para haver acessibilidade. Ignorância que a maioria das pessoas pode ter, uma barreira [a vencer]”, disse Mônica. (redação e campograndenews.com.br) / Foto ilustração