O Executivo do Grupo Schlatter (Walter Schlatter) foi cauteloso ao avaliar a indicação do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) como novo Ministro da agricultura e Abastecimento do Governo Lula. A classe produtiva de Chapadão do Sul e do MS – em geral – estava acostumada com a senadora Teresa Cristina que é sul-mato-grossense e próxima do agronegócio do Estado. Schlatter destacou que Fávaro ele será cobrado para atender as demandas existentes e aquelas que surgirão nos próximos anos. O empresário está de férias na Europa (França) e embarca para Zurik (Suíça) na manhã de quinta-feira. deste país parte da família Schlatter imigrou para o Brasil.
Walter Schlatter lembrou que o senador Carlos Fávaro não teve muito apoio da classe produtiva do MT por ter trabalhado na campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Neste estado o agro é 90% Bolsonarista. Como produtor deve saber como a classe necessita de um ministro atuante e competente como a ex-ministra Teresa Cristina, pontuou Schlatter.

Segundo reportagens já postadas na mídia nacional a nomeação era uma das mais cotadas entre os candidatos ao posto. Há previsão de que o deputado Neri Geller (PP-MT) seja seu secretário executivo na pasta, mas até segunda-feira ainda não foi fechado.
Fávaro é conhecido pelo trabalho que desempenhou – nos últimos anos – à frente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). O cargo o projetou para o mundo político e acabou por elegê-lo senador em 2018.
A Aprosoja-MT faz oposição a seu nome, dizendo que o ruralista que decidiu apoiar o governo Lula “não tem legitimidade para representar o setor como interlocutor em Brasília”. A reação da classe é considerada normal devido a questões ideológicas que devem ser superadas com naturalidade. Afinal ele é produtor e conhece os gargalos do agronegócio. Alguém teria que exercer o cargo ocupado pela ex-ministra Teresa Cristina, o quadro mais eficiente do Governo Bolsonaro.
