Chapadão do Sul/MS

Réu por desvios no Detran-MS e foragido há 10 meses, despachante propõe delação que pode atingir autoridades. “Bicho vai pegar”

O despachante David Clocky Hoffman Chita, foragido há dez meses após ser acusado de desvios milionários no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), optou por firmar um acordo de delação premiada. A defesa de Chita confirmou a intenção, indicando que o cliente pretende apresentar informações sobre o esquema de corrupção no Detran e em outras operações policiais, prometendo envolver “as mais altas autoridades”.

Embora sem citar nomes, a delação de Chita pode impactar figuras importantes no cenário político estadual. No ano anterior, durante a campanha eleitoral, ele acusou o então candidato a prefeito e deputado federal Beto Pereira (PSDB) de liderar o esquema no Detran, fato que prejudicou a candidatura do tucano.

Após tentativas frustradas de obter habeas corpus, Chita, segundo apurações, estaria se sentindo abandonado e decidiu colaborar com a justiça. Seu advogado, Vander Ricardo Gomes de Oliveira Almeida, confirmou a intenção de propor o acordo, visando a redução da pena e a segurança de seu cliente.

Em nota, o advogado destacou que Chita se sente injustiçado e que sua atuação no Detran envolveu diversas pessoas, incluindo autoridades. A defesa ressaltou que o cliente tem informações relevantes não apenas sobre o caso do Detran, mas também sobre outras investigações policiais, insinuando revelações impactantes.

Fontes extraoficiais indicam que a delação poderia até mesmo trazer à tona detalhes sobre uma morte misteriosa ocorrida no estado, inicialmente tratada como acidente. A defesa, contudo, não divulgou os nomes das autoridades que poderão ser citadas na colaboração premiada. (midiamax)

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