Após a postagem do Ouriço Cacheiro (Porco Espinho) registrado em plena Avenida Oito alguns internautas citaram incidentes com este animal exótico. As narrativas são – geralmente – na zona rural, onde a fauna ao redor das fazendas ainda é abundante e diversificada. A foto do cão com a cara cheio de espinhos foi feita em Costa Rica, numa ocorrência atendida pela PMA (Polícia Militar Ambiental) quando um cachorro avançou num destes animais. O felino sempre ficará ferido no primeiro ataque. Depois disso alguns “perdem” o interesse em repetir a experiência.
O Porco Espinho não lança os espinhos como algumas pessoas pensam. Caso o fizesse lembraria um ser de ficção científica. Eles funcionam como pelos e não são fortemente fixos no couro. Basta encostar nele que a proteção natural de solta e fica cravada no agressor. Os ataques de cães retratam bem esta situação com o felino ficando cheio de espinhos na boca, orelhas e cabeça de modo geral.
O ouriço-cacheiro ou só ouriço, é um mamífero roedor que vive na América do Sul geralmente nas matas e arredores. Se alimentam de insetos, larvas, folhas e cascas de árvores e tem o costume de sair em busca de alimento à noite. São animais lentos, e com pouca visão, ao contrário da audição e olfato (que são bem desenvolvidos). Quando o cão se aproxima ele fica em posição de defesa sabendo que seus espinhos ajudarão a rechaçar o agressor.
Quando ameaçados, se enrolam e se transformam em uma espécie de “bola de espinhos”, protegendo a cauda e cabeça. Seriam inofensivos não fossem a difícil relação com cães curiosos e com espírito de caçadores. Os espinhos não são venenosos mas podem levar um cachorro a morte caso não seja removidos e o ferimento tratado para evitar a ação de bactérias e infecções
O procedimento recomendado é acalmar o seu cachorro para que ele não tente se coçar e aprofundar os espinhos na pele e levá-lo a um veterinário, o mais rápido possível. Ele poderá ser levemente sedado ou em algumas situações até mesmo anestesiados para retirada dos espinhos com uma pinça e tomará uma medicação prescrita de acordo com as lesões. Alguns moradores da zona rural – acostumados com a situação – fazem o tratamento em casa.
