(Foto da capa é do ator Marco Pigossi que interpreta Júlio Santana no cinema)
Um pistoleiro de aluguel foragido da Justiça após ter sido contrato executar um pecuarista a mando do filho no Paraná foi preso na cidade de Chapadão do Céu (GO). Os policias do COD (Comando de Operações de Divisas) realizou a abordagem num veículo que trafegava em zona rural da cidade. Durante as averiguações foi constatado que um dos passageiros era o matador de aluguel com Mandado de Prisão expedido pela Comarca de Capanema (PR) em 2022.
Confessou o crime em juízo, de ter sido contratado pelo filho do pecuarista por R$ 5 mil para matar o próprio pai que tinha muitas propriedades. O mandante queria antecipar a posse como herdeiro. Não há a informação se o crime chegou a ser cometido. O pistoleiro foi encaminhado à Delegacia de Polícia da cidade de Jataí (GO), onde foi cumprido seu Mandado de Prisão.
HISTÓRIA do maior matador do Brasil virou filme
“Para fazê-la calar-se, Júlio desferiu-lhe um murro no rosto. Alzimara desmaiou. Foi a primeira e única vez na vida que bateu numa mulher. Já tinha assassinado várias. Mas dar um murro numa mulher era covardia demais. Naquelas circunstâncias, no entanto, não viu outra alternativa”.
O trecho acima foi retirado do livro o “O Nome da Morte”, do jornalista Klester Cavalcanti que traça um perfil de Júlio Santana, o maior matador de aluguel de que se tem notícias no mundo. Nascido numa família pobre de Porto Franco, no Maranhão, Júlio tinha tudo para se tornar pescador, como seu pai. No entanto, aos 17 anos, após receber uma proposta do tio, virou pistoleiro, trabalho que lhe renderia um dinheiro que jamais imaginara ganhar. Entre 1971 e 2006, matou exatamente 492 pessoas – sempre a mando de terceiros, nunca por ódio ou vontade própria, garante, e tudo registrado em um caderno com o Pato Donald na capa.
Religioso, Júlio morre de medo de passar a eternidade no inferno, por isso, após cada assassinato, rezava dez ave-marias e vinte pai-nossos para pedir perdão. Logo depois que começou o trabalho de matador, foi parar no Araguaia, onde deu fim a uma guerrilheira e acertou de raspão José Genoino, que ajudou a capturar. Atuava principalmente no norte do país e escondia a atividade até mesmo da mulher com quem casou e teve filhos: dizia-se policial militar e saia uniformizado de casa, o que servia de fachada também para os vizinhos. A polícia, aliás, nunca foi um empecilho na sua torpe carreira. Na única vez em que foi preso, negociou a liberdade oferecendo uma moto para o delegado, que aceitou que Júlio fosse embora da delegacia levando consigo o boletim de ocorrência
REPORTAGEM completa no link abaixo